Salvador é só festa, a euforia toma conta das ruas e contagia os visitantes, tomava. Era para ser um dia de festa, era. Há tempos a torcida do Bahia não tinha grandes motivos para comemorar. Quando surge um momento de euforia, quando finalmente o time retorna a série B, eis o que ocorre: sete mortos e mais de 10 feridos. Mais uma vez estádio lotado, como de costume nos jogos do time, um momento de alegria e...
Sete morreram em um campo de futebol, sete. Isso em um país que deseja sediar a copa de 2014, 14, o dobro de 7. Os números gostariam de poder mostrar o que está por ocorrer, mudanças drásticas necessitam ser realizadas, se não outras tragédias ocorrerão. Não é apenas a Fonte Nova que precisa de cuidados. É possível contar no dedo quantos estádios brasileiros são passíveis de jogo. Não se pode esperar uma tragédia ocorrer para depois tomar juízo. Plausível não é demolir um estádio após uma tragédia, não é paralisar um aeroporto após uma catástrofe, não é culpar o antecessor pelo desastre no metrô. Ações necessitam ser realizadas com visão, é preciso estudo, medidas preventivas de segurança. Atos pós-tragédia não trarão de volta os mortos. A pergunta que fica é: de quem é a culpa? Não sei a resposta, mas sei que a diretoria do Bahia sabia da situação precária da locação, porém fez o que pode para continuar os jogos “Ora, se não desabou antes, porque desabaria na última partida?” E desabou.
Jacques Wagner, governador baiano planeja demolir a Fonte Nova.
Orlando Silva, disse que foi “último jogo na Fonte Nova”.
Ricardo Teixeira brinca de presidente da república “não sei de nada.”
E Lula se solidariza com a tragédia.
E pensar que praticamente todos os citados são responsáveis diretos pela organização da copa de 2014. Bem administrados estamos, não? Agora é não deixar esta ser mais uma tragédia tupiniquim, não esquecê-la em duas semanas como de costume. Apurações e punições drásticas aos culpados. E não nos esqueçamos das medidas preventivas, ainda temos entre outros: a Ilha do Retiro, o Arruda e o Vivaldão, todos acostumados a receber grandes públicos e que oferecem risco aos torcedores, assim como a Fonte Nova.
7 - 14 - 21 - 28 - 35 - 42 - 49 - 56 - 63 - 70..........
E viva a Copa de 2014!
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