No dia 29 de março de 1985, em protesto contra o ditador Augusto Pinochet, dois irmãos militantes de um grupo guerrilheiro, os jovens Eduardo e Rafael Vergara Toledo foram mortos por policiais. A data foi marcada como o ¨Dia do Jovem Combatente¨ e no último dia 29 de março de 2008 não foi diferente.
Estudantes, em sua maioria secundaristas, foram até as ruas realizar uma manifestação, como fazem todos os anos, na cidade de Santiago, capital do Chile.
Acontece, infelizmente, que alguns veículos de comunicação informaram apenas que a manifestação é para rememorar esta data e omitiu o seu verdadeiro propósito e contexto histórico.
Após 18 anos de democracia no Chile, estudantes continuam lutando por uma reforma na educação, pois alegam que a mesma se tornou uma mercadoria nas mãos do governo.
A estrutura herdada da ditadura militar veio por meio da Lei Orgânica Constitucional de Ensino (LOCE), que concebeu um modelo economicista e mercantil para a educação. O Estado chileno assumiu um papel subsidiário e também financia a educação privada com fundos públicos.
O sistema educacional chileno primário e secundário se subdivide em três: o sistema municipal público (50%), financiado pelo Estado e dependente dos municípios (prefeituras); o sistema denominado particular subvencionado (40%), iniciativa de privados, mas que recebe financiamento (subvenção) do Estado e também dos alunos, e o sistema particular pago (10%), completamente privado, que não recebe aportes estatais. Este movimento é composto, em sua maioria, pelos alunos e colégios da educação municipalizada, que são os grandes atores envoltos, chegando também aos colégios particulares subvencionados. Os colégios particulares pagos (alguns, porém em menor medida) se solidarizaram com o movimento.
A polícia tentou reprimir a manifestação com bombas de água e gás lacrimogêneo, pois, segundo dados do Ministério Interior, jovens da periferia de Santiago construíram barricadas incendiárias, saquearam lojas e atiraram contra a polícia.
Saldo
819 estudantes detidos
Mais de 60% dentre as pessoas detidas são menores de idade
22 policiais feridos
Estudantes, em sua maioria secundaristas, foram até as ruas realizar uma manifestação, como fazem todos os anos, na cidade de Santiago, capital do Chile.
Acontece, infelizmente, que alguns veículos de comunicação informaram apenas que a manifestação é para rememorar esta data e omitiu o seu verdadeiro propósito e contexto histórico.
Após 18 anos de democracia no Chile, estudantes continuam lutando por uma reforma na educação, pois alegam que a mesma se tornou uma mercadoria nas mãos do governo.
A estrutura herdada da ditadura militar veio por meio da Lei Orgânica Constitucional de Ensino (LOCE), que concebeu um modelo economicista e mercantil para a educação. O Estado chileno assumiu um papel subsidiário e também financia a educação privada com fundos públicos.
O sistema educacional chileno primário e secundário se subdivide em três: o sistema municipal público (50%), financiado pelo Estado e dependente dos municípios (prefeituras); o sistema denominado particular subvencionado (40%), iniciativa de privados, mas que recebe financiamento (subvenção) do Estado e também dos alunos, e o sistema particular pago (10%), completamente privado, que não recebe aportes estatais. Este movimento é composto, em sua maioria, pelos alunos e colégios da educação municipalizada, que são os grandes atores envoltos, chegando também aos colégios particulares subvencionados. Os colégios particulares pagos (alguns, porém em menor medida) se solidarizaram com o movimento.
A polícia tentou reprimir a manifestação com bombas de água e gás lacrimogêneo, pois, segundo dados do Ministério Interior, jovens da periferia de Santiago construíram barricadas incendiárias, saquearam lojas e atiraram contra a polícia.
Saldo
819 estudantes detidos
Mais de 60% dentre as pessoas detidas são menores de idade
22 policiais feridos
Ana Soranso
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