Na novela dos cartões corporativos, um dos últimos capítulos foi a descoberta de que os seguranças do governo que trabalham com Lurian Cordeiro, a filha mais velha de Lula, fizeram gastos variados e, aparentemente, pouco ortodoxos em lojas de autopeças, materiais de construção, equipamentos de segurança, munição, padaria, livraria, postos de combustíveis, lojas de esportes entre outros estabelecimentos. Na edição de hoje de “O Globo”, o advogado de Lurian rebateu a história.
- Ela não é funcionária pública, não possui cartão corporativo. As notícias sobre essas despesas são inverídicas.
O detalhe é que a reportagem do jornal carioca não diz que Lurian é funcionária pública, nem que possui cartão corporativo. Apenas diz que os seguranças que trabalham com ela são suspeitos de usarem o cartão de forma irregular. Além disso, há, obviamente, a dúvida sobre quem foi beneficiado com os gastos.
Lurian não quis dar explicações à imprensa e se justificou para “O Globo”.
- Sou jornalista como você. E jornalista não é notícia. Quando ganhar algum prêmio, posso dar entrevista.
Lurian está certíssima quando diz que jornalista não é notícia. Infelizmente, para ela, ser jornalista, ou monitor de zoológico, ou preparador físico, ou sócio de empresa de games para celulares seria absolutamente irrelevante se não houvesse a suspeita de gastos irregulares de verba pública com a família de um presidente. Isso, certamente, é assunto de interesse da imprensa. Aqui e em qualquer lugar do mundo onde a imprensa for livre. Pelo jeito ela saiu da faculdade sem ter conseguido aprender o básico: o que é notícia.
Fonte: http://www.laryff.com.br/
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