tag:blogger.com,1999:blog-9119189018207737392024-03-12T22:36:33.042-03:00Ex-PressõesEX-PRESSÕEShttp://www.blogger.com/profile/07023197653746905506noreply@blogger.comBlogger45125tag:blogger.com,1999:blog-911918901820773739.post-42035906606422473002011-08-30T14:39:00.000-03:002011-08-30T14:41:47.087-03:00Crise mundialTudo isso me parece novo
<br />
<br />Ou a mesma anarquia
<br />
<br />De novo
<br />
<br />O lustre antigo
<br />
<br />Nos antigos castelos
<br />
<br />Rangendo a cada pedrada
<br />
<br />E sentado na enorme escada
<br />
<br />O rei
<br />
<br />Contando moedas para pagara a parcela mínima do cartão de crédito
<br />
<br />Vê se pode?
<br />
<br />
<br />
<br />Na frente da minha casa tem uma lixeira
<br />
<br />E a bolsa fechou em baixa
<br />
<br />O cheiro de chorume é forte
<br />
<br />Mas os acionistas trabalham firme
<br />
<br />Se matam a fome com merda
<br />
<br />Desde quando engordar o lucro é crime?
<br />
<br />
<br />
<br />Amanhece
<br />
<br />E as avenidas enfileiradas tecem o dia
<br />
<br />Aos berros um louco negocia
<br />
<br /> “O meu reino...
<br />
<br />O meu reino por mais um dia”
<br />
<br />
<br />
<br />Até quando San?
<br />
<br />Eu pergunto
<br />
<br />Ele responde
<br />
<br />Mas eu não entendo
<br />
<br />eu não entendo.
<br />
<br />(Robson Vilalba)
<br />
<br />EX-PRESSÕEShttp://www.blogger.com/profile/07023197653746905506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-911918901820773739.post-18073616935285956442011-07-22T16:09:00.005-03:002011-07-22T16:15:23.965-03:00QUAL FORMA PRA TAL CONTEÚDO?1ª TENTATIVA<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWxO_GMOTRRDAlt1pYmxJ0kwH9CW1_h41isOCQ6M7IEoqEVJ1Gu_iEX_yLe3V01czLcCCoQcTmAEo0tE7JhSS9IVkXPBU4t5s9Y2zDYUakT8Rn_B1FHsGnWVajdM7AZImFeQUF6_WUAQUF/s1600/Cartaz-spep-seminario.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 292px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWxO_GMOTRRDAlt1pYmxJ0kwH9CW1_h41isOCQ6M7IEoqEVJ1Gu_iEX_yLe3V01czLcCCoQcTmAEo0tE7JhSS9IVkXPBU4t5s9Y2zDYUakT8Rn_B1FHsGnWVajdM7AZImFeQUF6_WUAQUF/s400/Cartaz-spep-seminario.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5632256409473481650" /></a><br /><br />2ª TENTATIVA<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidftEXvRtVzrUzkUyeijwFj17ul2tE_LvBdmfGUdRs0FbxJyMlzY2CtsxCRzmsfB5jmt_xgMpjt95OGBgSdRmWuOCuHXtyB4mntgE-epGYnQn5IqLM8z-IJHLWOnxK3bjj2kBgdj7aB9_t/s1600/Cartaz-spep-seminario1%255B1%255D.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 272px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidftEXvRtVzrUzkUyeijwFj17ul2tE_LvBdmfGUdRs0FbxJyMlzY2CtsxCRzmsfB5jmt_xgMpjt95OGBgSdRmWuOCuHXtyB4mntgE-epGYnQn5IqLM8z-IJHLWOnxK3bjj2kBgdj7aB9_t/s400/Cartaz-spep-seminario1%255B1%255D.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5632256643327743682" /></a><br /><br />3ª TENTATIVA<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3VF2H0bOXsaXPllr0VBNtEYoCy7OKyYLBKRHoGvHt5eRxrfce3CG8eJZGmvpoiSo9Xg7UMmFMK3kPBvRpQBaNd49_qdKmDUB6wiZjXYUl1RTsvlJeB2HyJP6zRL5p6Jyv371vBZJ8wCOW/s1600/cartaz-spep-seminario2.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 286px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3VF2H0bOXsaXPllr0VBNtEYoCy7OKyYLBKRHoGvHt5eRxrfce3CG8eJZGmvpoiSo9Xg7UMmFMK3kPBvRpQBaNd49_qdKmDUB6wiZjXYUl1RTsvlJeB2HyJP6zRL5p6Jyv371vBZJ8wCOW/s400/cartaz-spep-seminario2.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5632256995605523810" /></a>EX-PRESSÕEShttp://www.blogger.com/profile/07023197653746905506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-911918901820773739.post-24141607522309567642011-07-19T10:29:00.003-03:002011-07-19T10:51:31.738-03:00Gritos de uma fôrmaDo homem primata ao capitalismo selvagem, eis que aqui estou.<br />Tentando sempre ser mais homem do que selvagem, o prêmio que a academia me dará por concluir o curso não vem ajudando muito...anda transformando-me em capitalista primata. Percebi isto há alguns segundos, quando, num susto, deparei-me procurando no oráculo o que seria spot. Encontrei a resposta num site que diz: “Redação mercadológica, refinada e sedutora”. Não é um jingle, é uma mensagem feita de modo simples, assim como a venda de balcão. E eu, que tanto li sobre “As teorias do rádio” de Brecht, e como devemos utilizar este maravilhoso meio de comunicação. Um espaço de discurso e resposta, de acesso a todos, com mensagens que devem ser de interesse da/para comunidade...cá estou, fazendo propaganda de um evento do qual nem estou de acordo. Um dia destes, eu disse a um amigo que seria a jornalista do Combate; ele me respondeu euforicamente e com toda a foice e o martelo no olhar: “Que legal, você será jornalista de combate!!!”...Não meu camará, é DO Combate. É triste ter que assumir, durante toda a graduação eu tive minha quase-liberdade de ser de combate...e ainda sou! Ainda estou viva! Ou não? Quando percebi, os tubarões - os mesmos que Brecht tanto nos alertou - engoliram-me e estão tentando mastigar minhas pernas. O que luto é para que não mastiguem meu cérebro.<br />Estes dias tentei salvar meu cérebro, mas não quiseram o segurar: “Este cérebro aí eu não pego, tente salvá-lo com outro”. Porra! Nem no possível espaço para se pensar a transformação do mundo.<br />A academia há muito deixou de ser espaço para reflexão, para produção de conhecimento...agora ela é spot do conhecimento...agora ela nos forma. <br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUo4k__cMTaqeIQTribmAeQomBLeVA8YAkpwtJJ8YG-Wl_MBQd9D43vLSKOMRSDHH6weBKi7-PEA2e7zhlXXudsUyN9zWHMk4Sjb0JP5oj2xIoJKsYwQ541MxPXbr9ogHDOfir6DMDwWYX/s1600/pao-de-forma.png"><img style="WIDTH: 321px; HEIGHT: 304px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5631059896275303154" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUo4k__cMTaqeIQTribmAeQomBLeVA8YAkpwtJJ8YG-Wl_MBQd9D43vLSKOMRSDHH6weBKi7-PEA2e7zhlXXudsUyN9zWHMk4Sjb0JP5oj2xIoJKsYwQ541MxPXbr9ogHDOfir6DMDwWYX/s400/pao-de-forma.png" /></a>EX-PRESSÕEShttp://www.blogger.com/profile/07023197653746905506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-911918901820773739.post-58200958020713286132011-06-13T10:11:00.006-03:002011-06-13T10:34:51.774-03:00MARCHA DAS VADIAS<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWFWsk9JXjHaeN_4JFb3U8Q_umbyZZ_-kO54pPwzn3L3zE0tVgXWrA5W0eMWQsVLJCBKFQdmbxSbtHgJovn-r0rX33aN-n7_H4kV_z8kiQzRDdU1BFM_un2NuKAl4JdSwLD40toVbT-S3l/s1600/slut-walk-vancouver-flickr-brian-neumann.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 263px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5617691554012357858" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWFWsk9JXjHaeN_4JFb3U8Q_umbyZZ_-kO54pPwzn3L3zE0tVgXWrA5W0eMWQsVLJCBKFQdmbxSbtHgJovn-r0rX33aN-n7_H4kV_z8kiQzRDdU1BFM_un2NuKAl4JdSwLD40toVbT-S3l/s400/slut-walk-vancouver-flickr-brian-neumann.JPG" /></a> <span style="font-size:85%;">Eu posso escolher com quem quero transar - Marcha das Vadias em Vancouver<br /></span><br /><em><span style="color:#6600cc;">São Paulo recebe passeata contra a culpa feminina em casos de agressão sexual<br /><br /></span></em><br /><div align="justify"><span style="color:#ff99ff;"><span style="color:#cc33cc;">Você sai com um vestido curto e passam a mão na sua bunda. Você conta para um amigo que diz: "mas também, né, com uma roupa dessas". Como assim? Nunca aconteceu com você? Apostamos que sim. E é por isso que achamos que ir na Marcha das Vadias, que acontece sábado em São Paulo é uma boa ideia. A causa: acabar com essa história de que mulher estuprada (sim, o assunto é seríssimo) provocou isso. E, claro, com essas historinhas mais simples que acontecem todos os dias. Com todo mundo.<br /></span></span><span style="color:#6633ff;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#6633ff;">E por que vadia? O termo vem do inglês, de slut, mas serve muito bem. Afinal, mulher que se veste como quer, transa com quem quer, é chamada de que? Hein?<br /></div></span><br /><div align="justify"><span style="color:#cc33cc;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#cc33cc;">A Slut Walk começou a se desenrolar em Toronto, no Canadá. Em uma universidade, um policial dava uma palestra sobre segurança no campus universitário e argumentou que as estudantes deveriam evitar se vestir como vagabundas (daí vem o termo sluts) para não se tornarem alvo fácil de estupros.<br /><br /></span><span style="color:#6633ff;">Diante de uma declaração infeliz como esta, as estudantes decidiram protestar. E com razão! Ou será que é normal sofrer uma trágica e forçada agressão ao nosso corpo e mente e ainda assim nos sentirmos culpadas? Não restam dúvidas de que estupro é um medo presente na mente das mulheres e o distúrbio mental vem da parte do agressor. E não das nossas peças de roupas! Sim, vamos continuar nos vestindo do jeito que quisermos. Sempre.<br /><br /></div></span><br /><br /><p><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 194px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5617692539038740818" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6R_RdYvhyphenhyphenqtucYTz9Czl6QJaFiUGLHfCOjza1j4GTk1r1-goJBau0OEJ-FHM5rVI2fIX-x4OLAcJV1vQRR0DyraLqIKeLz6xnYGDHuto69zcGQHs4wY_HX7wNvTPiayebWyTXGDBH-rjW/s400/1-a-a-a-slut-nao-nos-diga-como-devemos-nos-vestir-diga-aos-homens-para-nao-estuprarem.jpg" /><br />"Não diga como devemos nos vestir; diga aos homens para não estuprarem"<br /><br /><span style="color:#cc33cc;">A passeata</span><span style="color:#cc33cc;">, que acontece no próximo sábado em São Paulo, é na verdade um grito contra o conceito de "mulher estuprável". Não, isso não existe! É errado a sociedade dizer "cuidado para não ser estuprada" em vez de "não estupre". Somos livres para usarmos o que quisermos e, principalmente, somos livres de qualquer culpa desse ato. </span></p><br /><p><span style="color:#6633ff;">A Tpm ouviu algumas blogueiras feministas que levantam a bandeira da causa e mostram porquê não devemos ficar de fora da passeata.<br />Para Marjorie Rodrigues, 23, que mora em São Paulo e é assessora de imprensa, a ideia da marcha é excelente e que o protesto é necessário. "Essa coisa de separar uma mulher entre santa, puta, ou vadia, é algo que não depende da sexualidade da mulher ou de quantos parceiros ela quer ter. O julgamento vem da maneira que você anda, que você senta, se você ri demais, se você fala demais. Já passou da hora da gente protestar contra isso pra termos mais liberdade ainda. É aquela velha história: o homem pode falar que tal mulher é gostosa, mas se eu falar isso, eu sou uma vadia. No Brasil, a gente tem o exemplo recente do Rafinha Bastos que fez uma piada dizendo que cara que estupra mulher feia merece um abraço, tem a frase do Maluf 'estupra, mas não mata', tem o caso da Geisy Arruda que todo mundo julgou como puta por causa de um vestido. Essa questão só parece pequena, mas a verdade é que ela oprime as mulheres todos os dias", disse. "O nome da marcha é de fato pejorativo, mas a verdade é que o propósito da marcha é maior. Não existe mulher vadia, mulher santa ou mulher vagabunda, existem vários tipos de mulheres e cada uma explora sua sexualidade do jeito que achar mais adequado", completa. </span></p><br /><br /><p><span style="font-size:180%;color:#cc33cc;">"Pra mim, o nome ideal seria 'Marcha das Mulheres Livres', mas não teria tanto impacto na mídia" - Tica Moreno </span></p><br /><p><span style="color:#6633ff;">A socióloga Tica Moreno, 27, também de São Paulo, também parte da ideia de que a marcha foi uma ótima sacada das meninas em Toronto. "Elas conseguiram potencializar o debate de que não importa o tipo de roupa, ou o tipo de comportamento, nada justifica a violência contra as mulheres. Vale lembrar do caso do goleiro Bruno. A própria mídia justificou a violência dele porque diziam que Eliza Samudio era uma garota de programa, que adorava sair com vários jogadores. Então, pra nós, é o momento de levar para as ruas, pra mídia, pra internet, que nada é capaz de justificar a violência. O termo vadia pode sim ser usado de uma maneira que foge da proposta, não acho que é o caso de positivar a palavra, mas a verdade é que as mulheres são livres para terem o comportamento que quiserem. Nosso debate não se trata sobre ser ou não devassa, pra gente se trata de ser livre. Pra mim, o nome ideal seria a Marcha das Mulheres Livres, mas vamos combinar que isto não teria tanto impacto na mídia", explica.<br />Conhecida na internet como Srta. Bia, a brasiliense Bianca Cardoso, 30, servidora pública, vai além e sugere cartazes que as mulheres poderiam levar na Marcha. "Acho importante ir para a Marcha com roupas que a pessoa goste de usar e cartazes com dizeres: 'Este é meu corpo, meu precioso corpo me pertence' ou 'Meu corpo, minhas regras' ou até mesmo hinos do funk como 'A buceta é minha e eu dou para quem quiser!'. Para a sociedade, ser vadia é ser uma mulher promíscua. Para mim ser vadia é viver sendo quem eu sou, rasgando a burca invisível que nos cobre", disse.<br /><br /></span><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgi-sen2mOoGLs2VD8e0P4FNU-jbAINncvAJAlBnW-yKX86gJVmmAl9vRCVNFYiyp-0lfvqzzkVFrIZn_MtGpIOy6Hc-6kMYYp5U6R8k0HHMAMov6Am_vJyxRPpa6EBzzXcvJON5A1oA-2r/s1600/untitled.bmp"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 300px; FLOAT: right; HEIGHT: 339px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5617693358982654530" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgi-sen2mOoGLs2VD8e0P4FNU-jbAINncvAJAlBnW-yKX86gJVmmAl9vRCVNFYiyp-0lfvqzzkVFrIZn_MtGpIOy6Hc-6kMYYp5U6R8k0HHMAMov6Am_vJyxRPpa6EBzzXcvJON5A1oA-2r/s400/untitled.bmp" /></a><br /><br /><br /></p><br /><em>Respeito é sexy - Marcha das Vadias em Vancouver </em><br /><em></em><br /><br /><div><br /><span style="color:#cc33cc;">Autora do blog Escreva Lola Escreva, um dos blogs feministas mais conhecidos do Brasil, Lola Aronovich, 43, argentina naturalizada brasileira que há um ano e meio mora no Ceará, é professora da UFC (Universidade Federal do Ceará) e cronista de cinema. Para ela, o tema em si já é muito polêmico, principalmente a escolha do nome. "Eu acho muito difícil ser possível reapropriar o significado de um nome. Mas ao mesmo tempo eu entendo totalmente o propósito da Marcha, que é contestar a afirmação feita pelo policial lá em Toronto. A verdade é que a visão geral diz que quem tem que se preocupar é a vítima! É a mulher que tem que aprender a não ser estuprada, não o homem que tem que aprender a não estuprar, a gente ouve isso toda hora. Quando ouvimos falar em estupro, a primeira coisa que perguntamos é 'mas o que ela estava vestindo, onde ela tava ou que horas eram?'. Tudo sempre relacionado à postura da vítima. Então a gente fazendo a Marcha pode muito bem conscientizar algumas pessoas que todo o assunto 'estupro' está muito mal discutido.”, explica. </span></div><br /><br /><div><span style="font-size:180%;color:#993399;">Pelo mundo<br /></span><span style="color:#6633ff;">A primeira Slut Walk aconteceu no início de maio no Canadá, e se espalhou pelo mundo. As mulheres da Argentina, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Holanda e Nova Zelândia já deram seu grito contra o conceito machista de que a mulher pediu pra ser estuprada. Podemos garantir que nenhuma de nós faria este tipo de pedido. No próximo sábado, dia 4, a passeata acontece em São Paulo, Los Angeles, Chicago, Edmonton, Estocolmo, Amsterdã e Edimburgo. E no dia 18 de junho em Belo Horizonte.<br /></span><span style="color:#cc33cc;">No evento no Facebook criado para divulgar a marcha de São Paulo mais de 5 mil pessoas já confirmaram sua presença. E você, o que acha? Comente abaixo!<br />Vai Lá: Slut Walk - Marcha das Vadias em São Paulo<br />Quando: sábado, 4 de junho, das 14h às 17h<br />Onde: Praça do Ciclista - Final da Av. Paulista próximo à Rua da Consolação<br />Fanpage<br />Slut Walk - Marcha das Vadias em Belo Horizonte<br />Quando: sábado, 18 de junho, a partir das 13h<br />Onde: Trajeto: Praça da Rodoviária - Praça da Estação - Praça da Liberdade<br /></span><br /><br />Publicado pela revista TPM no dia 01 de junho 2011. </div>EX-PRESSÕEShttp://www.blogger.com/profile/07023197653746905506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-911918901820773739.post-78858379440754186962010-10-28T18:21:00.002-02:002010-10-28T18:27:10.483-02:00Criminalização do aborto- por Latuff<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOq85y3E8Biu29n4ksgq1s1Q-ifAaIYYVKIBeXITTntnMwzssAbXkOh0-3RvYTTxjyu4X1uFIwQv07K8qrGUeoFozYqaz8YSBrcMSZ4ZHf0NL3Hw1YByRnP7Vo-idAZR-rn0_WCs19hfd5/s1600/latuff.gif"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 347px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOq85y3E8Biu29n4ksgq1s1Q-ifAaIYYVKIBeXITTntnMwzssAbXkOh0-3RvYTTxjyu4X1uFIwQv07K8qrGUeoFozYqaz8YSBrcMSZ4ZHf0NL3Hw1YByRnP7Vo-idAZR-rn0_WCs19hfd5/s400/latuff.gif" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5533195282966676850" /></a>EX-PRESSÕEShttp://www.blogger.com/profile/07023197653746905506noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-911918901820773739.post-40883423224450183032010-09-08T16:37:00.000-03:002010-09-08T16:38:31.780-03:00Salário mínimo deveria ser de R$ 2.023O salário mínimo do trabalhador do País deveria ter sido de R$ 2.023,89 em agosto para que suprisse suas necessidades básicas e as da família, conforme estudo divulgado hoje pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A constatação foi feita por meio da utilização da Pesquisa Nacional da Cesta Básica do mês passado, realizada pela instituição em 17 capitais do Brasil. Com base no maior valor apurado para a cesta no período, de R$ 240,91, em Porto Alegre, e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese calculou que o mínimo deveria ter sido o equivalente a 3,97 vezes o piso vigente no Brasil, de R$ 510. O valor é superior ao calculado para julho, de R$ 2.011,03, e para agosto do ano passado, de R$ 2.005,07. Em agosto, para adquirir uma cesta básica, o trabalhador que ganha salário mínimo precisou cumprir, na média das 17 capitais onde o Dieese pesquisa os preços dos alimentos, uma jornada de 89 horas e 38 minutos. O valor representa um pouco menos de duas horas em relação às 91 horas e 50 minutos de julho. Em agosto do ano passado, era exigido o cumprimento de uma jornada de 96 horas e 37 minutos para que o trabalhador que ganha salário mínimo conseguisse adquirir uma cesta básica.<br /><br />Fonte: O BondeEX-PRESSÕEShttp://www.blogger.com/profile/07023197653746905506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-911918901820773739.post-81885916713557431612010-08-21T12:05:00.000-03:002010-08-21T12:06:11.932-03:00Plebiscito Popular Nacional pelo Limite da Propriedade da Terra estará presente na UELCriada em 2000 pelo Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo (FNRA), a Campanha pelo Limite da Propriedade da Terra: em defesa da reforma agrária e da soberania territorial e alimentar, vem sendo promovida em nível nacional numa ação de conscientização e mobilização da sociedade brasileira para incluir na Constituição Federal um novo inciso que limite as propriedades rurais. De acordo com os últimos dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) em 2006, no Brasil, 2,8% das propriedades rurais são latifúndios e ocupam mais da metade de extensão territorial agricultável do país (56,7%). Em contrapartida as pequenas propriedades representam 62,2% dos imóveis e ocupam apenas 7,9% da área total. Vale lembrar que mais de 70% dos alimentos produzidos para os brasileiros provém da agricultura camponesa, uma vez que a lógica econômica agrária tem como base a exportação, principalmente da soja, da cana-de-açúcar e do eucalipto. O Brasil tem a segunda maior concentração da propriedade fundiária do planeta. Diante da realidade do campo, vários segmentos sociais se mobilizam para conquistar seus direitos. O papel da Campanha é exigir a obrigação do Estado em garantir esse direito à propriedade da terra a todos os brasileiros e brasileiras que dela tiram seu sustento. Uma das ações da campanha é a realização de um plebiscito popular em todo o território brasileiro, do dia 1 a 7 de setembro, a população será conscientizada e poderá expressar sua opinião sobre o problema através do voto. A campanha está presente na UEL sendo articulada por movimentos sociais e organizações estudantis. Será realizado um debate ampliado sobre o limite da propriedade da terra no dia 31 de agosto às 19 hs na sala de eventos do CCH. O plebiscito estará presente no restaurante universitário e centros de estudos, a comunidade universitária poderá expressar seu voto através de urnas montadas nestes pontos de 1 a 3 de setembro.ServiçoDebate sobre o limite de propriedade de terras Data: 31/08/2010 (terça-feira)Horário: 19hsLocal: Sala de eventos do CCHEX-PRESSÕEShttp://www.blogger.com/profile/07023197653746905506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-911918901820773739.post-20052299331385912642010-08-21T11:42:00.001-03:002010-08-21T11:45:24.682-03:00CAMPANHA NACIONAL PELO LIMITE DA PROPRIEDADE DA TERRA:JUSTIFICAÇÃO<br /><div align="left"><br /><span style="color:#000000;">Para garantir efetivamente a função social da propriedade rural como determina a Constituição Federal em seus artigos V, XXIII e 186, é necessário que se estabeleça um limite de extensão para os imóveis rurais.A realidade é que o Brasil apresenta um dos maiores índices de concentração fundiária do mundo: 1,5% dos 5 milhões de imóveis rurais cadastrados concentra 52% de toda a área , no outro extremo tem-se que 98,50% do total de imóveis cadastrados, detém somente 48%.Diante deste quadro de grave desigualdade, não se pode admitir que imensas propriedades rurais possam pertencer a um único dono, impedindo o acesso democrático à terra que é um bem natural, coletivo, porém limitado. Como os recursos naturais devem estar disponíveis para todos, sob pena de não se respeitar sua função social, não é compatível com a Constituição que uma insignificante minoria tenha em seu poder a grande maioria das </span><a style="BORDER-BOTTOM: 1px dotted; COLOR: #ffffff; CURSOR: hand; TEXT-DECORATION: underline" oncontextmenu="return false;" onmouseover="'hwShow(event," cursor="hand" textdecoration="underline" borderbottom="solid" onmouseout="'hideMaybe(this," cursor="hand" textdecoration="underline" borderbottom="dotted 1px" onclick="'hwClick(" href="http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/6322#"><span style="color:#000000;">melhores</span></a><span style="color:#000000;"> terras do país em prejuízo de tantos brasileiros que são forçados a abandonar seu habitat natural. A limitação do tamanho da propriedade rural também se justifica como um estímulo ao aumento da produção de alimentos, da preservação dos recursos naturais, do </span><a style="BORDER-BOTTOM: 1px dotted; COLOR: #ffffff; CURSOR: hand; TEXT-DECORATION: underline" oncontextmenu="return false;" onmouseover="'hwShow(event," cursor="hand" textdecoration="underline" borderbottom="solid" onmouseout="'hideMaybe(this," cursor="hand" textdecoration="underline" borderbottom="dotted 1px" onclick="'hwClick(" href="http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/6322#"><span style="color:#000000;">emprego</span></a><span style="color:#000000;"> rural e da fixação do homem no campo, além de impedir ainda maiores ofensas à soberania territorial brasileira. A proposta não ofende nenhum princípio constitucional, pelo contrário, se adeqüa perfeitamente ao que estabelece a Constituição ( art. 3º) quando inclui entre os </span><a style="BORDER-BOTTOM: 1px dotted; COLOR: #ffffff; CURSOR: hand; TEXT-DECORATION: underline" oncontextmenu="return false;" onmouseover="'hwShow(event," cursor="hand" textdecoration="underline" borderbottom="solid" onmouseout="'hideMaybe(this," cursor="hand" textdecoration="underline" borderbottom="dotted 1px" onclick="'hwClick(" href="http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/6322#"><span style="color:#000000;">objetivos</span></a><span style="color:#000000;"> da República Brasileira a construção de uma sociedade justa e solidária e a redução das desigualdades sociais. Esta não deve ser uma preocupação apenas dos que vivem do campo, porém uma luta de toda a população em favor da efetividade dos princípios constitucionais e do aprimoramento da democracia em nosso País.Por isso eu apoio a Campanha Nacional pelo limite da propriedade da terra, em 35 módulos fiscais, manifestando a minha vontade como cidadão de que o Congresso Nacional venha a aprovar, sem demora, emenda constitucional que estabeleça esta limitação como avanço imprescindível da sociedade brasileira.</span></div><br />Dados adicionais:<br />Twitter: <a href="http://twitter.com/?status=Assinando:" target="_BLANK">Twitar Isso!! </a><br />Endereço para divulgação:<a href="http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/6322"> http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/6322 </a><br />criado em 2010-06-14.<br />2652 assinaturas<br />11155 visualizações<br />autor: Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo<br />comunidade:<br />categoria: <a href="http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/categoria/3">Direitos Humanos</a><br />Site: <a href="http://www.limitedaterra.org.br/" rel="nofollow">http://www.limitedaterra.org.br</a><br /><br />Para assinar:<br /><a href="http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/6322">http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/6322</a>EX-PRESSÕEShttp://www.blogger.com/profile/07023197653746905506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-911918901820773739.post-53170911611527269202010-06-14T19:24:00.004-03:002010-06-14T21:22:06.962-03:00Encontro GTpuel na Casa de Teatro do Oprimido<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjr4rbf4kAGFB30qGWtFKUsiwOIm3vDpenpHfHrtPx1aYu0YcZaSGt9ab2hgFJal6OMnS9UJEOL9hoVNRH1gjhtXF5TTkpDc3mDWYgUfb3B7CgatZFk0AM8QktKFB-_INh8fC72UjJIEWxD/s1600/cartazgtpuel.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 316px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5482789082200760722" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjr4rbf4kAGFB30qGWtFKUsiwOIm3vDpenpHfHrtPx1aYu0YcZaSGt9ab2hgFJal6OMnS9UJEOL9hoVNRH1gjhtXF5TTkpDc3mDWYgUfb3B7CgatZFk0AM8QktKFB-_INh8fC72UjJIEWxD/s400/cartazgtpuel.jpg" /></a><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjz58qnF-YgKY0qin5aSY0FXWYTrfx7SqO1zEnaiAbFsrvNVnvtmEdUHgZ-W5k2IhrUfOjHheTuBC96j3TbYUQVwVfCl3EijHtjAxPivmu5GB6gpF4y_D2VK8X6bsrZJjAyO7vIl4R4n8Df/s1600/cartazgtpuel.jpg"></a><br /><br /><strong>Atividade formativa do grupo GTpuel a fim de discutir a condição estético-política do teatro popular. Tendo como base o texto: "Mensagem aos Curingas e Não-Curingas" de Iná Camargo Costa.<br />Para acesso ao texto: teatropopularuel@yahoo.com.br<br /></strong><br /><span style="font-size:180%;color:#cc0000;">Encontro GTpuel: Grupo de Trabalho Universidade, Cultura e Trabalhadores</span><br /><br /><span style="font-size:130%;">"A Contribuição do Teatro para a Luta de Classes - Teatro na Contra-Mão da Forma Mercadoria"<br /><br />Exibição de audio-visual e texto<br /><br />Atividade aberta e gratuita<br /><br />Dia: 17/06 às 14:30h<br /><br />Local: Vila Cultural Casa do Teatro do Oprimido (Benjamin Constant, 1337. Centro)<br /></span><br /><div></div></div>EX-PRESSÕEShttp://www.blogger.com/profile/07023197653746905506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-911918901820773739.post-18781258759792942172010-05-30T16:36:00.002-03:002010-05-30T16:40:21.482-03:00Oficinas na Vila Cultural Casa de Teatro do Oprimido<strong><span style="color:#cc0000;">1 Oficina de Teatro do Oprimido - Gratuito</span></strong> <br />Multiplicadora: Ana Soranso<br />As Oficinas de Teatro do Oprimido são espaços de sensibilização, vivência, conhecimento e difusão da metodologia do Teatro do Oprimido, onde são apresentados seus fundamentos teóricos e práticos.<br />Aos sábados das 14:30 as 17:00<br />Início Previsto: 29 de maio ( inicio da oficina condicionada a pelo menos 6 participantes inscritos)Duração: 4 encontros<br />inscrições podem ser efetuadas até o II encontro.<br />Inscrições por e-mail : enviar dados pessoais: Nome, endereço, idade, profissão e contatos para o e-mail: <a href="mailto:fto_londrina@yahoo.com.br">fto_londrina@yahoo.com.br</a> ou <a href="mailto:ana.soranso@bol.com.br">ana.soranso@bol.com.br</a><br /><br /><strong><span style="color:#cc0000;">2- Forró e Sertanejo</span></strong><br />O Projeto Cultural "Dançando na Rede" está retornando com suas atividades de danças de salão. Estão abertas inscrições para turmas iniciantes de Forró e Sertanejo Universitário.<br />Início dia 25/05 (3ª feira) às 19:15hs, e dia 29/05 (sábado) às 17:00hs.<br />Local: Vila Cultural Casa do Teatro do Oprimido - PromicRua Benjamin Constant,1337 Centro - Londrina-Pr.<br />Vagas Limitadas!!<br />Matrícula-R$ 10,00<br />Mensalidade-R$ 15,00<br />Aula experimental-R$5,00 Informações - fones: (43)84080768/ (43)33212573 (43)33212573 <br /><br /><strong><span style="color:#990000;">3- Encontro do GTpuel - (grupo de Trabalho Universidade, Cultura e Trabalho)</span></strong><br />Quando: 03 de junho (quinta)<br />Horario: 14:00<br />Tema: A contribuição do Teatro para a Luta de Classes - Teatro na contra-mão da Forma Mercadoria.<br />Exibição de Audio Visual<br />Debates.<br />Atividade aberta e gratuitaEX-PRESSÕEShttp://www.blogger.com/profile/07023197653746905506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-911918901820773739.post-54143981986993243792010-04-27T20:42:00.002-03:002010-04-27T20:43:27.970-03:00I Mostra de Teatro Popular de Londrina<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_Wcvl-0MS8mul446jUGZVLn6AJAbfyQ2bWUdHmlJQWHhPka_LIi2N2GFutjBvdMoyxqDzk2Cv-x2ZJiog0AfIM0ao9YEx151zdsDo9Rq10jYmmxNnKyLsWBHRRHkqu4o35XJQwIReHM6_/s1600/Mostra+Teatro+Popular.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 309px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5464967061847550178" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_Wcvl-0MS8mul446jUGZVLn6AJAbfyQ2bWUdHmlJQWHhPka_LIi2N2GFutjBvdMoyxqDzk2Cv-x2ZJiog0AfIM0ao9YEx151zdsDo9Rq10jYmmxNnKyLsWBHRRHkqu4o35XJQwIReHM6_/s400/Mostra+Teatro+Popular.jpg" /></a><br /><div></div>EX-PRESSÕEShttp://www.blogger.com/profile/07023197653746905506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-911918901820773739.post-59804335627303582902010-04-18T13:34:00.003-03:002010-04-18T13:42:06.245-03:00I Mostra de Teatro Popular de Londrina<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjslZVU14MS18f6Nt47WKBCG3-YFCkdU-MhT9b4Km02u61m9noVvWzWPdSK3pA-B5Ihi2yTD4mEqYq8LZ4K8RDgfJ4lPpy6z3ZUF_owI1pHKmCug8MeoqAvF6P8mI3X1ldK2_kmxL9ccijD/s1600/menino-FTO-blog+copy.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 285px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5461517240747264786" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjslZVU14MS18f6Nt47WKBCG3-YFCkdU-MhT9b4Km02u61m9noVvWzWPdSK3pA-B5Ihi2yTD4mEqYq8LZ4K8RDgfJ4lPpy6z3ZUF_owI1pHKmCug8MeoqAvF6P8mI3X1ldK2_kmxL9ccijD/s400/menino-FTO-blog+copy.jpg" /></a>
<br /><div></div><div>Acontece de <strong><span style="color:#006600;">28 de abril a 02 de maio</span></strong> a </div><div> </div><div></div><div></div><div></div><div><span style="font-size:180%;color:#990000;">I Mostra de Teatro Popular de Londrina</span>, </div><div> </div><div></div><div></div><div></div><div>que pretende reunir espoetáculos de grupos teatrais Locais, visando propor um processo colaborativo e sociabilizante, que chegue e englobe artistas e grupos teatrais da cidade, pesquisadores da arte, e principalmente uma parcela da população de Londrina que, em geral não tem acesso ás iniciativas de fruição cultural proporcionadas pelo município, quer motivos econômicos, quer motivos sócio-culturais. </div><div>Reunindo, Grupos e coletivos teatrais da cidade, a I Mostra de Teatro Popular de Londrina, pretende estabelecer diretrizes para uma ação em Rede em âmbito local, e em médio prazo, nacional e internacional. Além disto, este evento pretende ampliar um espaço específico na cidade de Londrina, destinado ao fomento e valorização da produção Teatral local. </div><div> </div><div> </div><div></div><div></div><div></div><div></div><div><span style="font-size:130%;color:#006600;">Locais:</span> Teatro Zaqueu de Melo (as 21:30hs) </div><div>Praças públicas (11:00hs) </div><div><span style="color:#990000;">ENTRADA FRANCA</span> </div><div>
<br />Progamação logo disponível em <a href="http://www.ftolondrina.blogspot.com/">http://www.ftolondrina.blogspot.com/</a> </div></a><div>
<br />Data: 28 de abril a 02 de maioFábrica de Teatro do Oprimido (FTO) </div><div>site: <a href="http://www.ftolondrina.blogspot.com/">http://www.ftolondrina.blogspot.com/</a> </div><div>TV FTO: <a href="http://www.videolog.tv/ftolondrina">www.videolog.tv/ftolondrina</a> </div><div>Canal FTO no youtube: <a href="http://www.youtube.com/fabricadeto">www.youtube.com/fabricadeto</a></div><div></div>
<br />EX-PRESSÕEShttp://www.blogger.com/profile/07023197653746905506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-911918901820773739.post-40965481085615421632010-04-14T15:34:00.002-03:002010-04-14T15:48:25.160-03:00P2 na greve dos professores mostra espionagem de Estado no século 21<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJLpDyRvpwRwDJ4RlK-nzymK9VOiCn_wyiLkFaKPaSsjz5yLL4MfqaQGIDkEx0Y3RsWV_tOH9g656hrdd0iRz3ckMX6zgr0OcDp7WtgydL6V-HYAKBOENChEmFilLnVD5y1z4Yi-4G7KSJ/s1600/%7B6BAA1FCC-D6DC-421F-88EF-8DC020A24351%7D_2010abr08_p2.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 220px; FLOAT: left; HEIGHT: 239px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5460066790883559858" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJLpDyRvpwRwDJ4RlK-nzymK9VOiCn_wyiLkFaKPaSsjz5yLL4MfqaQGIDkEx0Y3RsWV_tOH9g656hrdd0iRz3ckMX6zgr0OcDp7WtgydL6V-HYAKBOENChEmFilLnVD5y1z4Yi-4G7KSJ/s320/%7B6BAA1FCC-D6DC-421F-88EF-8DC020A24351%7D_2010abr08_p2.jpg" /></a><br /><p>Dia 26 de março, sexta-feira. Uma manifestação pacífica de professores paulistas é violentamente reprimida pela Polícia Militar, perto do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo.</p><br /><p>No dia seguinte, o jornal Estado de S. Paulo publica uma foto da Agência Estado, em que uma policial, aparentemente ferida, é carregada nos braços por um homem. À primeira vista, parece tratar-se de um manifestante, um professor socorrendo uma PM.</p><br /><p>A imagem logo se espalhou, como exemplo de solidariedade humana. O agredido salvando seu algoz. Logo, porém, a PM desfez o engano. Tratava-se de um policial à paisana socorrendo a soldado Erika Cristina Moraes Canavezi, ferida “com uma paulada no rosto”.</p><br /><p>A partir daí a história só se enrolou ainda mais. O que fazia um policial à paisana em meio aos manifestantes? Professores de Osasco informaram que o homem da foto tinha ido no ônibus da Apeoesp até a manifestação. Era um agente reservado, um policial infiltrado entre os professores, conhecido como “P2”.</p><br /><p>A PM, que preferiu expor seu policial a ver a foto servir de propaganda dos grevistas, negou-se a divulgar o nome do agente e a dar maiores informações. O site Viomundo, do jornalista Luiz Carlos Azenha, apurou que a policial ficou apenas alguns minutos no hospital Albert Einstein e logo foi liberada.</p><br /><p><strong><em><span style="color:#cc0000;">Espionagem de Estado</span></em></strong></p><br /><p>O caso trouxe à tona um tema que parecia distante no tempo, relegado aos anos de ditadura. A espionagem de Estado. No Brasil, o serviço de inteligência ligado ao Estado sempre esteve empenhado no combate aos movimentos sociais ou ditos subversivos. A espionagem estatal foi criada e sempre atuou tendo como alvo principal os inimigos internos. Leia-se a esquerda e os movimentos sociais e operários.</p><br /><p>Ainda que a matriz do serviço de informação esteja associada ao SNI (Serviço Nacional de Informações), a verdade é que o embrião do serviço secreto no país é anterior. Segundo o jornalista Lucas Figueiredo, autor do livro Ministério do Silêncio, o serviço secreto brasileiro nasce com o Conselho de Defesa Nacional, ainda no governo de Washington Luís, em 1927. Três anos depois, ele seria derrubado pelo golpe liderado por Getúlio.</p><br /><p>Inspirado nos serviços secretos dos EUA, Vargas transformaria o Conselho no Sfici, o Serviço Federal de Informações e Contrainformações. Após a Segunda Guerra, com a supremacia dos EUA, o Brasil estreitaria relações, inclusive militares, com o imperialismo norte-americano. Em 1948, é criada a Escola Superior de Guerra, inspirada na National War College norte-americana. Até então, o modelo de Forças Armadas no país seguia o modelo francês.</p><br /><p>Com o fim da Segunda Guerra e o início da Guerra Fria, os EUA pressionam o Brasil a adotar um eficiente serviço de inteligência, leia-se uma agência especializada de espionagem anticomunista. Para isso, foram disponibilizados financiamentos, cursos e estágios nos EUA. Foi só, porém, no governo de Juscelino Kubistchek (1956-1961) que o órgão do Serviço secreto, sob a estreita supervisão dos EUA, se estruturou. </p><br /><p>A ditadura ampliou esse aparelho, criando o Serviço Nacional de Informação (SNI), através de uma lei redigida pelo próprio Golbery Couto e Silva, que o comandaria. O órgão cresceu rapidamente, espalhando tentáculos por todo o país e áreas do governo. Marinha, Exército e Aeronáutica criaram seus próprios aparelhos de repressão, articulando uma ampla rede, chamada de comunidade.</p><br /><p>Foi o período do CIE, o Centro de Informação do Exército, que comandou o esquema de repressão, e foi responsável pela execução dos guerrilheiros do Araguaia. Foram também os anos do Doi-Codi, órgãos de repressão descentralizados surgidos a partir da Operação Bandeirantes. Ligavam as polícias civis e militares ao comando do Exército.</p><br /><p>Já o SNI foi elevado ao mais importante órgão do Estado, com seu comandante ganhando status de ministro. De lá saíram os presidentes Médici, Geisel e o último dos militares, Figueiredo.</p><br /><p><strong><em><span style="color:#990000;">Abertura monitorada</span></em></strong></p><br /><p>Com a abertura política, o SNI ao invés de desaparecer, inchou ainda mais. Terminada a ditadura, o mega-aparato de espionagem reunia mais de 3 mil servidores diretos, boa parte contando com uma série de privilégios como carro à disposição e apartamento funcional. Provando que seu maior inimigo são os movimentos sociais, o serviço se volta ao monitoramento detalhado do PT e da CUT, assim como do movimento sindical e grevista que crescia naqueles anos.</p><br /><p>Relatórios detalhados sobre as greves e a situação do movimento operário eram enviados regularmente ao presidente Sarney. Assim como uma caracterização pormenorizada das correntes que compunham o Partido dos Trabalhadores, evidentemente temperada com um anticomunismo paranóico e folclórico.</p><br /><p>O SNI só foi sofrer um duro golpe no governo Collor, quando nem ele escapou da política de desmonte do Estado implementado pelo governo neoliberal. Por um decreto, Collor, que ainda por cima tinha uma rixa pessoal com o órgão, extinguiu o serviço, demitiu grande parte de seu efetivo e criou o Departamento de Inteligência.</p><br /><p>Apesar das mudanças e da drástica redução do serviço, seu caráter não mudou. Continuou a ser um órgão de espionagem a serviço do governo, tendo como alvo os movimentos sociais e de oposição. Nem no governo FHC, quando passou a se chamar Abin (Agência Brasileira de Informação) isso mudou. Uma campanha tentou reabilitar a desgastada imagem do serviço, mas em vão. Atividades como a campanha contra a Alca eram permanentemente monitoradas.</p><br /><p>Sob FHC, o órgão ganhou novo impulso, com a contratação de funcionários. Nos anos 90, movimentos que emergiam como os de luta pela terra e moradia, foram alvos prioritários. Agentes secretos se infiltravam nas fileiras do MST a fim de municiar o Estado de informações sobre o movimento.</p><br /><p><strong><em><span style="color:#cc0000;">A esquerda como inimiga</span></em></strong></p><br /><p>Nem com o governo Lula a prática da espionagem de Estado terminou. Lula não só não deu um fim no antigo órgão de espionagem como vem se servindo dele. Da mesma forma que o governo manteve guardado os arquivos da ditadura, o antigo SNI se manteve atuante. Mesmo com a troca de dirigentes militares por civis, sua linha não mudou.</p><br /><p>O ex-delegado da Polícia Civil, Mauro Marcelo de Lima e Silva, nomeado diretor-geral da Abin por Lula em 2004, deu uma pequena demonstração do que órgão pensa sobre os movimentos sociais: “Eles não sabem o que estão pedindo. Estão protestando. Eles querem farra e bagunça”, declarou à imprensa na época.</p><br /><p>O serviço de espionagem de Estado, porém, não se limita à Abin. Nos estados, as polícias contam com os agentes reservados. Mesmo que a antiga comunidade de informação da ditadura tenha se desarticulado, hoje continua funcionando nas sombras.</p><br /><p>A Operação Satiagraha, comandada pelo delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, provocou a sanha de setores conservadores ao prender o banqueiro Daniel Dantas. Um outro aspecto da operação, porém, foi a utilização de agentes da Abin na investigação. Ou seja, mostrou como há, ainda hoje, perfeita interação entre a agência de inteligência e a polícia. </p><br /><p>No final de 2007, a sede nacional do PSTU, em São Paulo, foi invadida num crime ainda não esclarecido. Gavetas foram reviradas e documentos roubados. Enquanto equipamentos de valor não foram tocados, computadores e celulares usados foram levados. Antes de entrarem no local, os invasores cortaram os fios telefônicos. Ou seja, as evidências mostram se tratar de uma ação profissional, que buscava informações.</p><br /><p><strong><em><span style="color:#cc0000;">Espionagem e sabotagem</span></em></strong></p><br /><p>Hoje, 25 anos após o fim da ditadura, o pensamento da Abin pouco se distingue do anticomunismo paranóico da Guerra Fria no qual fora fundada o serviço de espionagem no Brasil. E, considerando o modus operandi dos anos de chumbo, dá pra pensar algumas hipóteses sobre o que o tal do P2 estava fazendo em plena manifestação dos professores paulistas.</p><br /><p>Os agentes na ditadura não se limitavam a se infiltrar ou acompanhar para colher informações. Muitas vezes, se tratavam de provocadores. O malfadado atentado no Riocentro, em 1981, que provocou a morte de um oficial e feriu outro, foi a expressão tragicômica disso. Um grupo do serviço secreto planejava provocar um atentado a bomba no show do 1º de Maio daquele ano, jogando a culpa na VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), grupo que nem mais existia.</p><br /><p>Nos anos 80, o SNI não só vigiava as greves, mas tratava de sufocá-las quando achasse conveniente, utilizando para isso qualquer método, legal ou não. </p><br /><p>O policial infiltrado no ato em São Paulo, assim como a mal-contada história da PM ferida “a paulada”, serve para lembrar aos ativistas e militantes de esquerda que o serviço secreto de Estado, ao contrário de qualquer teoria conspiratória, continua existindo e atuando. E que tem ainda nos movimentos sociais, de esquerda ou reivindicativos seu principal inimigo.</p><br /><p></p><br /><p>Fonte: <a href="http://www.pstu.org.br/nacional_materia.asp?id=11404&ida=20">http://www.pstu.org.br/nacional_materia.asp?id=11404&ida=20</a></p>EX-PRESSÕEShttp://www.blogger.com/profile/07023197653746905506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-911918901820773739.post-90741271996285803642010-04-12T21:37:00.004-03:002010-04-12T21:51:39.920-03:00Policial civil é confundido com professor e é preso e agredido por PMs<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwIxdevh6gj4_S1RMDcF4_p0IHa_OmJ1mz-8-JGFAQismh4Fm_8Ym_NuVVydgoX464q8J3eqtzaXgEIh5z8QA0iLD6RsObFNxeI7tVUoZzQC-mvZXp50snGV2fBBLmoMfEaVVvc1iNkObu/s1600/greve_professores_SP_2010_03_26_f_015-216x300.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 216px; DISPLAY: block; HEIGHT: 300px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5459414917536024354" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwIxdevh6gj4_S1RMDcF4_p0IHa_OmJ1mz-8-JGFAQismh4Fm_8Ym_NuVVydgoX464q8J3eqtzaXgEIh5z8QA0iLD6RsObFNxeI7tVUoZzQC-mvZXp50snGV2fBBLmoMfEaVVvc1iNkObu/s320/greve_professores_SP_2010_03_26_f_015-216x300.jpg" /></a> <em>O policial civil Jefferson Cabral sendo preso</em>
<br /><em></em>
<br /><em></em>
<br />Na sexta-feira passada, mais de 40 mil professores paulistas foram impedidos pela tropa de choque da Polícia Militar de chegar até o Palácio do Morumbi, sede do governo estadual, para apresentar suas reivindicações.
<br />Na oportunidade, bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral, gás pimenta e muitas balas de borracha transformaram as imediações do Palácio em palco de uma batalha campal.
<br />Sindicalista e policial civil, Jeferson Cabral foi confundido com um professor, mantido preso e espancado por cerca de três horas dentro de uma viatura até que foi levado ao 34ª DP de Francisco Morato. Com a roupa rasgada e acompanhado por dirigentes do Sindicato dos Investigadores de Polícia, Jeferson foi até a Corregedoria denunciar os inumeráveis abusos dos quais foi vítima.
<br />Ainda mancando com problemas no joelho e dores por todo o corpo, Jefferson Cabral falou sobre os descaminhos do desgoverno tucano e da importância da unidade de todos os servidores com a comunidade para derrotar a intransigência.
<br />
<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Como você foi preso?</span></strong>
<br /><strong></strong>
<br />Eu estava junto com os manifestantes quando começaram a atirar bombas. Em meio às nuvens de gás, comecei a tirar as pessoas dali, socorrê-las, levar para um lugar seguro. Quando estava tirando o segundo não vi que estava muito próximo de um policial militar motociclista. Entre vários, conseguiram me prender. (Na foto da UOL, vê-se que o cacetete está dobrado em seu pescoço). Disse que era delegado sindical dos investigadores. Foi quando me disseram: você vai pagar pelos outros.
<br />
<br /><strong><span style="color:#cc0000;">E depois disso?</span></strong>
<br /><strong><span style="color:#cc0000;">
<br /></span></strong>Fui colocado algemado e trancado numa viatura da Polícia Militar. Fui hostilizado, ofendido e ameaçado durante três horas e tratado como bandido, com todo tipo de ofensas, impublicáveis.
<br /></span></strong>
<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Houve ameaça?</span></strong>
<br />
<br />Diziam a todo tempo que iam me levar para o “esquisito”, que na gíria é um local ermo, onde você pode ser submetido a qualquer agressão pois não haverá ninguém para testemunhar. Diziam que iam acabar com a minha raça. As ameaças vieram de alguns policiais, desavisados, que me dominaram e não sabiam o que estava acontecendo, que havia um movimento lutando por direitos, reivindicando melhorias para toda a sociedade.
<br />
<br /><strong><span style="color:#cc0000;">E então?</span></strong>
<br />
<br />Foi quando trouxeram o comandante da operação, o coronel Veloso, que então se deu conta do tamanho do erro cometido. Me perguntaram se eu atirei pedras. Eu retirei paus e pedras das mãos de muitos, porque acredito que o nosso inimigo não é a polícia, mas o governo que a manipula para reprimir.
<br />E aí, junto com os advogados do Sindicato, te dirigiste à Corregedoria para denunciar os abusos…
<br />Exatamente. Fiz um Boletim de Ocorrência (nº98/10) e fui ao IML fazer o exame de corpo delito. Não consigo andar devido aos chutes que levei no joelho, na cabeça, costas e barriga.
<br />
<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Quando foste agredido desta forma?</span></strong>
<br />
<br />Antes, durante e depois de algemado. O pior é que sou asmático e me deixaram um bom tempo com o cacetete vergado, como dá para ver pela foto, inclusive, quase sem respirar. Tive medo que me matassem.
<br />
<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Apesar da intensa brutalidade a que foste submetido, fizeste questão de estabelecer uma diferença entre o comportamento de meia dúzia de covardes e o grosso da corporação.</span></strong>
<br />
<br />Antes de ser investigador de Polícia e delegado sindical em Taubaté, fui policial militar por quatro anos. Meu pai é policial militar. As agressões de que fui vítima, assim como uma boa parte dos manifestantes, foi provocada por indivíduos isolados.
<br />
<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Que estavam cumprindo ordens do governo Serra…</span></strong>
<br />
<br />Infelizmente, sim. É uma grande pena e um verdadeiro tiro no pé essa orientação do governo porque muitos professores têm filhos que são policiais militares, têm o mesmo sangue. Acho que essa agressão deve servir para a PM refletir e se unir à comunidade.
<br />
<br />
<br />
<br /><strong><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;color:#003300;">O trabalhador da educação, principal ferramenta da transformação social, vem sendo criminalizado por alguns de nossos governantes.</span></strong>
<br />EX-PRESSÕEShttp://www.blogger.com/profile/07023197653746905506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-911918901820773739.post-51283440882057979912010-04-06T17:43:00.000-03:002010-04-06T17:43:20.571-03:00De um lado da históriaNa próxima quarta-feira, dia 7 de abril, o governo brasileiro daria inicio à retaliação comercial contra produtos dos EUA, mas os americanos fizeram uma contraproposta para prorrogar o processo da retaliação para o dia 22 de abril.<br />
Durante este período será negociado um fundo, para financiar projetos brasileiros ligados à produção de algodão, no valor de US$147,3 milhões.<br />
Caso haja entendimento sobre esses pontos até o dia 21 de abril, o Brasil poderá decidir prorrogar novamente a entrada em vigor das medidas, desta vez por um período de 60 dias, enquanto seria negociado um acordo para evitar a retaliação. <br />
De acordo com a Camex, nesse prazo de 60 dias seria negociado um "entendimento provisório sobre os vários aspectos de implementação das determinações da OMC (Organização Mundial do Comércio) sobre o contencioso".<br />
Segundo a nota, "o governo brasileiro vê com satisfação o progresso verificado nas conversações bilaterais e espera que as partes cheguem a um entendimento que torne desnecessária a adoção das medidas de retaliação".<br />
<br />
<span style="color: red; font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: large;"><strong>Do outro lado da história</strong></span><br />
<br />
O país que pede acordo para comercializar é o mesmo que bloqueia transações econômicas quando lhe convém. Há 48 anos o EUA estabeleceu um bloqueio econômico contra Cuba.<br />
Ao longo deste período, já causou um prejuízo superior a US$ 82 bilhões para o país caribenho, segundo estimativa feita pelo Relatório Anual (2005) sobre o Bloqueio dos EUA contra a ilha e suas conseqüências. Além do alto prejuízo econômico, o relatório denuncia que a política da Casa Branca viola as regras do direito internacional. “Essa política, profundamente isolada, é rejeitada a cada ano pela Assembléia Geral das Nações Unidas e tem uma forte oposição interna nos EUA”, assinala o documento. O governo cubano considera o bloqueio como “uma política de genocídio, em virtude do artigo II da Convenção de Genebra para a prevenção e sanção do crime de genocídio, de 9 de dezembro de 1948″. “Não há norma no direito internacional que justifique o bloqueio em tempo de paz. Nesse sentido, a ilha é alvo da guerra econômica”, afirma o mesmo relatório.<br />
<br />
Fontes: http://acertodecontas.blog.br<br />
http://www.bonde.com.brEX-PRESSÕEShttp://www.blogger.com/profile/07023197653746905506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-911918901820773739.post-25153090883336444032010-03-21T16:53:00.000-03:002010-03-21T16:53:27.387-03:00O Canadá, o Brasil e a Vale Incopor Admin <br />
<em><span style="color: red;">O único jeito de trabalhadores canadenses e brasileiros lutarem contra empresas brasileiras ou canadenses, é construir uma solidariedade de classe</span></em><br />
<br />
<br />
<br />
Sean Purdy<br />
<br />
<span style="color: #274e13;">“A Vale pode ir para o inferno. Estamos cansados de capitalistas estrangeiros que vêm aqui destruir o estilo de vida canadense”.</span><br />
<br />
Wayne Fraser, Representante do Sindicato de Mineiros, em greve há oito meses na ValeInco, Canadá (Estado de São Paulo, 16 de março de 2010)<br />
<br />
Como canadense que mora no Brasil há 10 anos, fiquei impressionado quando li a reportagem que traz a frase acima. Trouxe-me lembranças das relações entre dois países relativamente desconhecidos entre si. E de algum dos episódios que os envolvem: a proibição da carne brasileira pelo Canadá em 2001; a acirrada disputa comercial entre Embraer e Bombardier na mesma década; e até a longa atuação da multinacional canadense Light em São Paulo e no Rio de Janeiro no ramo de transporte urbano e energia elétrica nas primeiras décadas do século XX e de sua herdeira, a Brascan, que é atualmente dona de numerosas empresas no Brasil, inclusive alguns dos mais elegantes shoppings nas grandes capitais.<br />
<br />
<br />
<br />
<strong><span style="color: red;">Mas um canadense chamando uma empresa brasileira de imperialista? Como pode?</span></strong><br />
<br />
<br />
<br />
A feroz disputa entre a enorme multinacional Vale, que comprou a Inço há quatro anos, e os 3,5 mil trabalhadores organizados pelo United SteelWorkers (USW) nas minas de níquel em duas províncias canadenses gira em torno da tentativa da empresa terceirizar 400 mineiros e reduzir o fundo de pensão dos trabalhadores. Na semana passada, a empresa sinalizou que vai contratar centenas de temporários dentro de duas semanas para furar a greve. Em resposta, o comando da greve do USW, além de avisar a Vale de que fura greves provavelmente vão ser enfrentados inclusive fisicamente, convocou um encontro internacional no dia 22/03 de sindicatos de todos os países onde a Vale opera para organizar ações internacionais. Do Brasil, CUT e Conlutas mandarão representantes.<br />
<br />
<br />
<br />
A greve reflete três realidades marcantes da atual economia mundial: 1) a tentativa de empresas multinacionais e nacionais de aumentar lucros através de terceirização de mão-de-obra e reduções nas pensões, entre outros métodos; 2) o crescente papel de capitalismo brasileiro multinacional; 3) as boas possibilidades de construir uma solidariedade internacional entre trabalhadores.<br />
<br />
<br />
<br />
O trecho da matéria acima foi retirado do site do Brasil de Fato. <br />
<br />
O que isso tem a ver com Londrina?<br />
<br />
<br />
<br />
<strong><span style="color: red;">Do Global para o Local</span></strong><br />
<br />
Como reflexão, vou ater apenas a primeira realidade: a tentativa de empresas multinacionais e nacionais de aumentar lucros através de terceirização de mão-de-obra e reduções nas pensões, entre outros métodos.<br />
<br />
Londrina tem um grande número de terceirização da mão-de-obra, todavia não são apenas empresas privadas, mas também serviços públicos onde os servidores deveriam ser contratados através de concurso público.<br />
<br />
A exemplo disso encontra-se a terceirização na área de Saneamento Básico, Merenda Escolar, Plano Diretor de Londrina, Saúde, entre outros.<br />
<br />
O governo tem um gasto maior utilizando contratações através de empresas de terceirização. Em Curitiba o comprometimento da receita com terceirizadas é de 29,7%; em Maringá é de apenas 2%; já em Londrina o comprometimento é de 53% <br />
<br />
Esse tipo de contratação não dá garantias ao trabalhador, que é reprimido a todo momento, correndo o risco de perder seu emprego a qualquer ocasião. Diferente do servidor concursado que tem a garantia da sindicalização, greve e todos os benefícios que lhes são por direito.<br />
<br />
É necessário que a classe trabalhadora, não só de Londrina, do Brasil, mas de toda parte do mundo, se una para que esse tipo de exploração acabe. Exigindo seus direitos, conquistados através de muita luta, durante muitos anos.<br />
<br />
<br />
<br />
Leia mais no site <a href="http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/analise/o-canada-o-brasil-e-a-vale-inco">http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/analise/o-canada-o-brasil-e-a-vale-inco</a> <br />
<br />
Ana SoransoEX-PRESSÕEShttp://www.blogger.com/profile/07023197653746905506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-911918901820773739.post-683282906862863922010-03-16T16:32:00.001-03:002010-03-16T16:35:29.084-03:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAD203YDDOkzoiB9R1YslpeIxzgXASFBI64asKA6cYb8jZEaacbK_fnVLzydCJI-5Xhc0EBDEk4HsdcaToelsvZ13rVjf0WoiyV1nsb1dFBYELUdBGGMbPb2LHsCV7vLTecGmu3z_Y_pfq/s1600-h/promessas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="378" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAD203YDDOkzoiB9R1YslpeIxzgXASFBI64asKA6cYb8jZEaacbK_fnVLzydCJI-5Xhc0EBDEk4HsdcaToelsvZ13rVjf0WoiyV1nsb1dFBYELUdBGGMbPb2LHsCV7vLTecGmu3z_Y_pfq/s400/promessas.jpg" vt="true" width="400" /></a></div>EX-PRESSÕEShttp://www.blogger.com/profile/07023197653746905506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-911918901820773739.post-59176073050603914682010-03-05T14:26:00.000-03:002010-03-05T14:26:25.949-03:00A ÍNTIMA FOME DE GREVE DE ROSE<span style="color: red;"><strong><em>A prisão injusta e a impossibilidade de produzir seu alimento foram as principais motivações da militante</em></strong></span> <br />
Eduardo Sales de Lima<br />
enviado a Avaí<br />
<br />
A greve começou na terça-feira, 2 de fevereiro, à noite, e perdurou até o final de semana, entre os dias 7 e 8. Poucos sabiam: somente uma ou duas pessoas que a visitavam com mais frequência. Na sexta-feita, 6, a militante foi levada da Cadeia Feminina de Avaí a um hospital, em Bauru (SP), quase desfalecida.<br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">No hospital, foi alimentada por meio de soro. O médico que a atendeu revelou que, por causa da prisão, ela estava com problemas psicossomáticos. Mal sabia ele sobre a decisão política, íntima, da militante, que já havia começado uma greve de fome dias antes.</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Formada em Pedagogia, Rosimeire Pan D'Arco de Almeida Serpa, apontada pela polícia como uma das principais líderes da ocupação da fazenda grilada pela Cutrale, ficou todos os 16 dias detida numa cela separada das outras presas. Um cotidiano de leituras não a fez fugir da realidade, pelo contrário. Foi justamente enquanto lia o Relatório de Direitos Humanos de 2009, elaborado pela Rede Social de Justiça e Direitos Humanos, mais especificamente um artigo que homenageava um menino atropelado e morto por um trator na cidade de Maceió, num lixão, que Rosimeire teve o seu primeiro acesso de falta de apetite.</div><br />
<br />
<strong><span style="color: red;">Decisão</span></strong><br />
<br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">À sua consciência, vinha a imagem da criança morta no lixão e, ao seu lado, quase todos os dias, duas crianças da cidade de Avaí pediam um marmitex aos carcereiros na porta da prisão. “Elas falavam assim: 'Carcelheiro, tem marmita?', relatou Rose, como é conhecida, à reportagem do Brasil de Fato, que pôde conversar com a militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e vereadora pelo Partido dos Trabalhadores (PT) enquanto ela permanecia detida. As crianças famintas de Avaí lhe faziam crescer a falta de apetite.</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">No entanto, ela começou compreender que a falta de apetite não era simplesmente fisiológica. Havia um forte componente político nesse contexto. O pedido de prisão preventiva para todos os presos (que estavam até então, na prisão temporária) a motivou, preponderantemente, para assumir, no seu íntimo, uma greve de fome. Pesou, preponderantemente, o fato de estar presa e não poder estar produzindo seu próprio alimento, junto de seus três filhos e do marido, Miguel Serpa, também detido.</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Somada à experiência de não comer nada durante os dias em que esteve detida, Rose conta que alguns carcereiros fizeram questão de provocá-la, referindo-se pejorativamente a suas atitudes como militante social e socialista. Isso mexeu bastante com a militante.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHAd8uHQa458dezMUzHs0Hz9toMe0TDwXHRO6ob1BsGp9NRmu6cebQcdmjqnUlKTuTR9X06axSmdtDIiM0XuClvRgvppjXjOYahufSvcTzHooJZXjdZpOT5XWzNhTJECxO2I1p0c_Mui5G/s1600-h/Abre---Rosemeire_Joao-Zinclar.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="430" kt="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHAd8uHQa458dezMUzHs0Hz9toMe0TDwXHRO6ob1BsGp9NRmu6cebQcdmjqnUlKTuTR9X06axSmdtDIiM0XuClvRgvppjXjOYahufSvcTzHooJZXjdZpOT5XWzNhTJECxO2I1p0c_Mui5G/s640/Abre---Rosemeire_Joao-Zinclar.gif" width="640" /></a></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><strong><span style="color: red;">Misturada</span></strong><br />
<br />
<br />
Durante todo o tempo de reclusão, Rose testemunhou o atendimento médico às outras presas da cadeia numa sala que dá de frente para sua cela. Desorganizada, à semelhança de um almoxarifado bagunçado, duas vezes por semana um médico atendia as detentas. “A maior parte pede remédios para dormir”, lembrou Rose.<br />
A relação da vereadora de Iaras com as presas, nos primeiros dias, não era das melhores. Elas a questionavam o porquê dela estar sozinha numa cela. Rose chegou e escrever uma carta para o diretor da cadeia pedindo que a transferisse para junto das outras 93 mulheres. A cadeia tem lotação máxima de 40 presas.<br />
Com o passar dos dias, ao conhecerem o motivo da prisão de Rose, as presas mostraram apoio e solidariedade. Uma mulher do Piauí até criticou o latifúndio, e “disse que admira os sem-terra de seu estado, porque são valentes”, recorda.<br />
Pelo menos por uma hora por dia era possível dialogar com as outras detidas, tanto que perceberam o abatimento da companheira. Mas nenhuma delas imaginava que a vereadora tinha optado em fazer uma greve de fome.<br />
Em meio a todo turbilhão político pelo qual está passando, Rose lembrou que, mesmo dentro da cadeia, é necessário haver justiça social. Ela contou que as presas montam tomadas e ganham R$ 5 por mês. Cada mês trabalhado significa um dia a menos no cumprimento da pena. Ela não disse, mas é provável que tal exploração também tenha aumentado sua falta de apetite.<br />
<br />
<br />
Fonte: <a href="http://www.brasildefato.com.br/">http://www.brasildefato.com.br/</a>EX-PRESSÕEShttp://www.blogger.com/profile/07023197653746905506noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-911918901820773739.post-75021185342981552232010-02-13T16:57:00.000-02:002010-02-13T16:58:45.913-02:00SHOW DO MINISTRO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO NOS ESTADOS UNIDOSDurante debate em uma universidade, nos Estados Unidos,o ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. <br />
O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro. <br />
<br />
Esta foi a resposta do Sr.Cristóvam Buarque: <br />
<br />
<br />
<br />
"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. <br />
<br />
<br />
<br />
"Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade. <br />
<br />
<br />
<br />
"Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro.O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou <br />
diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço." <br />
<br />
<br />
<br />
"Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. <br />
Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. <br />
<br />
<br />
<br />
"Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. <br />
Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês,decidiu enterrar com ele, um quadro de <br />
um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado. <br />
<br />
<br />
<br />
"Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro. <br />
<br />
<br />
<br />
"Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. <br />
<br />
<br />
<br />
"Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola. <br />
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. <br />
<br />
<br />
<br />
"Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa!EX-PRESSÕEShttp://www.blogger.com/profile/07023197653746905506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-911918901820773739.post-29731995164573061562009-12-12T15:09:00.000-02:002009-12-12T15:25:08.421-02:00Projeto obriga políticos a matricularem seus filhos em escolas públicas<div style="color: red;">Uma idéia muito boa do Senador Cristovam Buarque.<br />
</div><br />
Ele apresentou um projeto de lei propondo que todo político eleito (vereador, prefeito, deputado, etc.) seja obrigado a colocar os filhos na escola pública.<br />
<br />
As conseqüências seriam as melhores possíveis.<br />
<br />
Quando os políticos se virem obrigados a colocar seus filhos na escola pública, a qualidade do ensino no país irá melhorar. E todos sabem das implicações decorrentes do ensino público que temos no Brasil.<br />
<br />
<span style="color: red;">O projeto *PASSARÁ, SE HOUVER A PRESSÃO DA OPINIÃO PÚBLICA.*</span><br />
<a href="http://www.senado..gov.br/sf/atividade/Materia/detalhes.asp?p_cod_mate=82166" target="_blank">http://www.senado.<wbr></wbr>.gov.br/sf/<wbr></wbr>atividade/<wbr></wbr>Materia/detalhes<wbr></wbr>.asp?p_cod_<wbr></wbr>mate=82166</a><br />
*<<a href="http://www.senado.gov.br/sf/atividade/Materia/detalhes.asp?p_cod_mate=82166" target="_blank">http://www.senado.<wbr></wbr>gov.br/sf/<wbr></wbr>atividade/<wbr></wbr>Materia/detalhes<wbr></wbr>.asp?p_cod_<wbr></wbr>mate=82166</a>><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJoa0DKWiMm0KwcDs7qMtDJrkxaQj5V7RW-nqWMB4IHOx4FboJvu-T7eONYNN-eE2k_dbIkhwVAzd90g-ClAe7jMPRAwbxeOcr_mp46H5hhTmMVRz1Z3ri3pJKB58_LxtZgj-kddAejPL9/s1600-h/escola+p%C3%BAblica.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJoa0DKWiMm0KwcDs7qMtDJrkxaQj5V7RW-nqWMB4IHOx4FboJvu-T7eONYNN-eE2k_dbIkhwVAzd90g-ClAe7jMPRAwbxeOcr_mp46H5hhTmMVRz1Z3ri3pJKB58_LxtZgj-kddAejPL9/s640/escola+p%C3%BAblica.jpg" /></a><br />
</div><span style="color: red;">PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 480, DE 2007</span><br />
Determina a obrigatoriedade de os agentes públicos eleitos matricularem<br />
seus filhos e demais dependentes em escolas públicas até 2014.<br />
<br />
<div id="ecxecxecxygrp-text"><span style="color: red;">PROJETO DE LEI DO SENADO Nº , DE 2007</span><br />
<br />
<span style="color: red;">PLS - PROJETO DE LEI DO SENADO, Nº 480 de 2007</span><br />
<br />
Determina a obrigatoriedade de os agentes públicos eleitos matricularem seus filhos e demais dependentes em escolas públicas até 2014.<br />
<br />
O CONGRESSO NACIONAL decreta:<br />
*Art. 1º *<br />
Os agentes públicos eleitos para os Poderes Executivo e Legislativo federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal são obrigados a matricular seus filhos e demais dependentes em escolas públicas de<br />
educação básica.<br />
<br />
*Art. 2º *<br />
Esta Lei deverá estar em vigor em todo o Brasil até, no máximo, 1º de janeiro de 2014.<br />
Parágrafo Único. As Câmaras de Vereadores e Assembléias Legislativas Estaduais poderão antecipar este prazo para suas unidades respectivas.<br />
<br />
*JUSTIFICAÇÃO*<br />
No Brasil, os filhos dos dirigentes políticos estudam a educação básica em escolas privadas. Isto mostra, em primeiro lugar, a má qualidade da escola pública brasileira, e, em segundo lugar, o descaso dos dirigentes<br />
para com o ensino público.<br />
Talvez não haja maior prova do desapreço para com a educação das crianças do povo, do que ter os filhos dos dirigentes brasileiros, salvo raras exceções, estudando em escolas privadas. Esta é uma forma de<br />
corrupção discreta da elite dirigente que, ao invés de resolver os problemas nacionais, busca proteger-se contra as tragédias do povo, criando privilégios.<br />
Além de deixarem as escolas públicas abandonadas, ao se ampararem nas escolas privadas, as autoridades brasileiras criaram a possibilidade de se beneficiarem de descontos no Imposto de Renda para<br />
financiar os custos da educação privada de seus filhos.<br />
Pode-se estimar que os 64.810 ocupantes de cargos eleitorais – vereadores, prefeitos e vice-prefeitos, deputados estaduais, federais, senadores e seus suplentes, governadores e vice-governadores, Presidente e Vice- Presidente da República – deduzam um valor total de mais de 150 milhões de reais nas suas respectivas declarações de imposto de renda, com o fim de financiar a escola privada de seus filhos alcançando a dedução de R$ 2.373,84 inclusive no exterior. Considerando apenas um dependente por ocupante de cargo eleitoras.<br />
O presente Projeto de Lei permitirá que se alcance, entre outros, os seguintes objetivos:<br />
a) ético: comprometerá o representante do povo com a escola que atende ao povo;<br />
b) político: certamente provocará um maior interesse das autoridades para com a educação pública com a conseqüente melhoria da qualidade dessas escolas.<br />
c) financeiro: evitará a “evasão legal” de mais de 12 milhões de<br />
reais por mês, o que aumentaria a disponibilidade de recursos<br />
fiscais à disposição do setor público, inclusive para a<br />
educação;<br />
d) estratégica: os governantes sentirão diretamente a urgência de, em sete anos, desenvolver a qualidade da educação pública no Brasil.<br />
Se esta proposta tivesse sido adotada no momento da Proclamação da República, como um gesto republicano, a realidade social brasileira seria hoje completamente diferente. Entretanto, a tradição de 118 anos de uma República que separa as massas e a elite, uma sem direitos e a<br />
outra com privilégios, não permite a implementação imediata desta<br />
decisão.<br />
Ficou escolhido por isto o ano de 2014, quando a República estará completando 125 anos de sua proclamação. É um prazo muito longo desde 1889, mas suficiente para que as escolas públicas brasileiras tenham a qualidade que a elite dirigente exige para a escola de seus filhos.<br />
Seria injustificado, depois de tanto tempo, que o Brasil ainda tivesse duas educações – uma para os filhos de seus dirigentes e outra para os filhos do povo –, como nos mais antigos sistemas monárquicos, onde a<br />
educação era reservada para os nobres.<br />
</div><div id="ecxecxecxygrp-text">Diante do exposto, solicitamos o apoio dos ilustres colegas para a<br />
aprovação deste projeto.<br />
Sala das Sessões,<br />
Senador CRISTOVAM BUARQUE<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7A6iWYXSEK2Rl16QsU2bQkLI7M09gjaWJ4wrAZAbkmxHrK76x_1UzcWm0Ximau-YG9ctHErqGV-BRJaICNMK4mjSoT7WeBWQYkOazsGkRFwIPlKh8RunP7RCcJJWUntWWrwHWtYC-y5FA/s1600-h/educacao.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7A6iWYXSEK2Rl16QsU2bQkLI7M09gjaWJ4wrAZAbkmxHrK76x_1UzcWm0Ximau-YG9ctHErqGV-BRJaICNMK4mjSoT7WeBWQYkOazsGkRFwIPlKh8RunP7RCcJJWUntWWrwHWtYC-y5FA/s640/educacao.png" /></a><br />
</div><br />
</div>EX-PRESSÕEShttp://www.blogger.com/profile/07023197653746905506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-911918901820773739.post-52343260956189111932009-11-02T21:10:00.000-02:002009-11-02T21:12:10.510-02:00Da Janela Virtual<div style="text-align: center;"><span style="color: #274e13;">Nome, apelido, gostos, idéias, fotos com a galera, opiniões. Tudo. Exatamente tudo o que sentimos, achamos e fazemos está exposto nessa vitrine virtual que lhes apresenta este texto. A janela do indivíduo para o mundo e do mundo para o indivíduo. Talvez tudo isso não passe de uma espionagem.</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="color: #274e13;"></span><br />
</div><span style="color: #274e13;"></span><br />
<div style="text-align: center;"><br />
</div><br />
<div style="text-align: center;"><span style="color: #274e13;">Todos nós estamos dispostos a espionagem. Mas espionados por quê e por quem?</span><br />
</div><span style="color: #274e13;"></span><br />
<div style="text-align: center;"><br />
</div><br />
<div style="text-align: center;"><span style="color: #274e13;">A todo momento estamos preenchendo algo na internet. Pode ser para criar um e-mail ou mesmo um teste para saber se ele é o cara certo, mas a todo momento estamos sendo rastreados. Sorria você está sendo rastreado! </span><br />
</div><span style="color: #274e13;"></span><br />
<div style="text-align: center;"><br />
</div><br />
<div style="text-align: center;"><span style="color: #274e13;">Às vezes tenho a sensação de estar sendo vista. Observada! Percebeu alguma coisa? Tem certeza?</span><br />
</div><span style="color: #274e13;"></span><br />
<div style="text-align: center;"><br />
</div><br />
<div style="text-align: center;"><span style="color: #274e13;">Na verdade, esta janela na qual olho agora, parece que o tempo todo me observa. Continue olhando para ela. Percebe como ela te encara? </span><br />
</div><span style="color: #274e13;"></span><br />
<div style="text-align: center;"><br />
</div><br />
<div style="text-align: center;"><span style="color: #274e13;">Ela te dá uma vista para o mundo, mas o mundo também te vê através dela. Isso é estranho. A todo momento é como se eu estivesse sendo observada. O que foi isso? Ah...Nada, foi só um spam.</span><br />
</div><span style="color: #274e13;"></span><br />
<div style="text-align: center;"><br />
</div><br />
<div style="text-align: center;"><span style="color: #274e13;">Outro cadastro. Para que tanto cadastro? Como você sabe que esse não é meu CPF? Claro que é! Ah, não é mesmo, bati um número errado. Mas como você sabe disso. Parece que a janela viu o CPF em minhas mãos. É como se ela me observasse.</span><br />
</div><span style="color: #274e13;"></span><br />
<div style="text-align: center;"><br />
</div><br />
<div style="text-align: center;"><span style="color: #274e13;">Como é que os responsáveis por essa propaganda descobriram o meu e-mail? Mas eles são de outro estado. Eu nunca estive em Minas Gerais! Então como eles sabem meu e-mail? Que estranho. Me sinto como se estivesse sendo observada.</span><br />
</div><span style="color: #274e13;"></span><br />
<div style="text-align: center;"><br />
</div><br />
<div style="text-align: center;"><span style="color: #274e13;">O que foi isso agora? Ouviu? Não?! Ouvi sim! Opa! É só o Marcelinho chamando minha atenção no MSN. Acho que é aniversário do Robson, pois tem um bolinho na frente do nome dele. É melhor confirmar no Orkut. É mesmo. O bom é que assim não há como esquecer. A Vivian está com fotos novas. Ela foi para alguma praia. Exibidinha essas fotos. Só porque tem um corpão. A Bruninha é que está gordinha. Precisa de uma academia. Coitadinha!</span><br />
</div><span style="color: #274e13;"></span><br />
<div style="text-align: center;"><br />
</div><br />
<div style="text-align: center;"><span style="color: #274e13;">O que? O que está acontecendo? Vai explodir o meu PC! É um vírus!!! Como um vírus entrou no meu computador? Alguém o enviou pra mim? Ou será que veio naquele arquivo do novo álbum da Nação Zumbi que eu baixei?! Ah não! NÃO!!!</span><br />
</div><span style="color: #274e13;"></span><br />
<div style="text-align: center;"><br />
</div><br />
<div style="text-align: center;"><span style="color: #274e13;">Justo agora que eu estava lendo as mensagens do Marcelinho no Orkut. Tinha que apagar assim janelinha?! </span><br />
</div><span style="color: #274e13;"></span><br />
<div style="text-align: center;"><br />
</div><br />
<div style="text-align: center;"><span style="color: #274e13;">Janelinha danada. Acho que ela estava o tempo todo me observando...</span><br />
</div><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiE7UyWzqstqHdi3gioiSB0fy18fEdb-Cenu3c8SdZDbNXe_LcrpSC1EhTeVI0oKxpWnlpQ1eGVD9VnHHrKv2d6pprnWuiFEv9hwOWUZ_fl0f7VMPtsl8h033LMl1QmuG6spfz4IglSp-bK/s1600-h/P1010019.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiE7UyWzqstqHdi3gioiSB0fy18fEdb-Cenu3c8SdZDbNXe_LcrpSC1EhTeVI0oKxpWnlpQ1eGVD9VnHHrKv2d6pprnWuiFEv9hwOWUZ_fl0f7VMPtsl8h033LMl1QmuG6spfz4IglSp-bK/s400/P1010019.JPG" vr="true" /></a><br />
</div> <br />
<br />
<span style="color: red;">Ana Soranso</span>EX-PRESSÕEShttp://www.blogger.com/profile/07023197653746905506noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-911918901820773739.post-79698463361561261742009-10-24T14:14:00.000-02:002009-10-24T14:14:47.070-02:00Carta Aberta do Movimento 27 de Março<div style="text-align: center;"><span style="background-color: black; color: red;">Trabalhadores e fazedores culturais da cidade de São Paulo,</span> <br />
</div><br />
<br />
Nós, do Movimento 27 de março, que ocupamos o prédio da Funarte no dia do teatro deste ano para barrar a privatização da cultura, lutando contra a renúncia fiscal mantida na “nova lei Rouanet”, então o Profic, queremos conversar com vocês. <br />
Sabemos que é difícil, num mundo tão individualizado e embrutecido, a gente parar, conversar, falar e ouvir nossos companheiros, pessoas que muitas vezes têm opiniões diferentes da nossa e, juntos, atentar mais para os pontos que nos unem do que para aqueles que nos separam. <br />
Nosso Movimento é “filho” de outros tantos movimentos de artistas, sobretudo dos trabalhadores de teatro, que se reuniram no Arte contra a barbárie, no Redemoinho e na Roda do Fomento. <br />
Queremos provocar o nascimento de novas idéias para criar situações novas. <br />
Para nós a arte tem uma função fundamental na sociedade e tem relação com todos os campos da vida social. Por isso lutamos contra toda forma de privatização da arte e da cultura. <br />
O mundo não é uma mercadoria! <br />
Se hoje parece “natural” que produções com características estéticas voltadas apenas para garantir a audiência dos anúncios comerciais do intervalo, sejam consideradas arte, para nós o dinheiro que financia tais produções também interfere nas suas “liberdades” artísticas. A privatização da arte e da cultura, através do financiamento das empresas privadas ou de leis de renúncia fiscal que seguem a mesma lógica do mercado, deve ser por nós combatidos em todas as escalas. <br />
A Lei Rouanet, principal política pública para a cultura do Brasil, foi criada em 1992 e baseia-se na renúncia fiscal como forma de incentivo à cultura. Nesse tipo de “incentivo”, a decisão do destino do investimento em cultura é feita pela empresa privada. É ela quem direciona seu imposto para o projeto cultural que lhe parecer melhor e, na maioria dos casos, significa mais rentável, ou o que dá mais “visibilidade”. A lei Rouanet, bem como todas as outras leis que promovem a cultura através da isenção fiscal, também seguem a mesma lógica de entender arte como mercadoria. <br />
O Movimento 27 de Março vê no Manifesto do Movimento Arte contra a Barbárie pertinência e atualidade: <br />
<br />
“É inaceitável a mercantilização imposta à Cultura no país, na qual predomina uma política de eventos.” <br />
<br />
“Sua condição atual reflete uma situação social e política grave!” <br />
“A produção, circulação e fruição dos bens culturais é um direito constitucional, que não tem sido respeitado.” <br />
“A atual política oficial, que transfere a responsabilidade do fomento à produção cultural para a iniciativa privada, mascara a omissão que transforma os órgãos públicos em meros intermediários de negócios.” <br />
Queremos uma política pública para a cultura que contemple vários programas com recursos orçamentários próprios e regras democráticas, estabelecidas em lei como política de Estado e não ações de governo. As parcerias propostas entre o público (Estado) e o privado (PPP - Mercado), bem como a Economia Criativa e a sustentabilidade dos projetos nos impõe uma lógica de mercado que não podemos atender. Não produzimos lucro (mais valia), então, de onde vem esse dinheiro para sermos sustentáveis? <br />
Não haverá transformação cultural enquanto as ações humanas forem organizadas pela lógica da eficácia mercantil e a cidadania for construída na perspectiva do consumo. <br />
Uma comparação. A função da saúde, da educação e das políticas públicas nestas áreas não é fabricar dinheiro nem dar emprego para médicos, enfermeiros, professores. Da mesma forma, a arte, a cultura, o teatro e respectivas políticas públicas não podem ser encarados como fábricas de valor e empregos. Critérios como lucro, auto-sustentabilida de, produto, serviços, etc., etc., são, no mínimo, deslocados ou secundários para discutir uma política cultural. <br />
A II Conferência Municipal de Cultura foi chamada de uma forma burocrática, o famoso “de cima pra baixo”. Reconhecemos esse espaço como um espaço de discussão da cultura, conquista de diversos movimentos culturais da cidade, como forma de relação social, mas combatemos duramente a forma como foi construída: sem debate político, sem construção horizontal e sem envolvimento prévio dos coletivos e movimentos organizados. E, por fim, de difícil acesso em todos os sentidos! <br />
Acreditamos que a reabertura do Conselho Municipal de Cultura deva trazer mais atualizada a agenda de lutas dos movimentos. <br />
Por isso, escrevemos essa carta, para convidá-los a aprofundar as discussões sobre cultura e arte em um encontro com o M27M. Não queremos nos acomodar e conviver de forma pacífica com o atraso que a não ação promove. <br />
Queremos fazer esse chamado para a construção coletiva de uma Carta de Princípios de um possível “novo” movimento a partir dos três pontos a seguir: <br />
- contra a privatização da cultura! Mais verba pública direto para a cultura! <br />
<br />
- apoio ao PEC 150 que destina para a cultura o mínimo de 2% do orçamento da União, 1,5% dos Estados e 1% dos Municípios. <br />
- políticas públicas para cultura como direito e não privilégio. Cultura para todos! <br />
<br />
Não idealizamos a perfeição dos movimentos sociais, queremos é a imperfeição humana exposta nas discussões de companheiros que se dispõem à ação conjunta e ainda acreditam que a luta transforma a vida. <br />
<br />
<br />
<br />
Saudações fraternas, Movimento 27 de Março. <br />
<br />
<br />
<br />
Próxima reunião: <br />
DIA 27 de outubro (Terça-feira) às 20h no Teatro Coletivo <br />
Local: Rua: Da Consolação, 1.623.<br />
Informações: (11) 3255-5922 / 8121-0870. <br />
Pauta: Políticas públicas para a cultura e carta de princípios. <br />
<br />
<br />
Acessem: <br />
Blog da Roda do Fomento: <br />
http://rodadofoment o.blogspot. com/ <br />
Blog do Movimento 27 de março: <br />
http://movimento27d emarco.blogspot. com<br />
<br />
<br />
Ana SoransoEX-PRESSÕEShttp://www.blogger.com/profile/07023197653746905506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-911918901820773739.post-32327689965519974342009-10-23T23:55:00.000-02:002009-10-24T14:10:25.204-02:00Quem se importa?Ele só queria encontrá-la... custasse o que for. Mesmo que para isso ele tivesse que andar 4000 km e nadar 10 horas contra uma correnteza de águas congelantes. Ele não conseguiu, não se animem, o final é triste, já digo logo.<br />
<br />
<br />
O mais triste talvez não seja isso. Não que isso não tenha importância. É óbvio que tem. E como tem! Mas o difícil é não poder ser ajudado.<br />
<br />
Existem voluntários que ajudam, mas também ajudam na clandestinidade. Os “melhores do mundo” não deixam. Os donos do mundo não deixam seus filhos ajudar. O filho nosso que ajuda o outro está contra nós. Contra nós?! Sim. Os donos do mundo criaram seus inimigos, para que continuem sendo seus inimigos, pois para os donos do mundo é bom ter inimigos.<br />
<br />
Pode parecer estranho, mas é assim que é.<br />
<br />
Também tem a parte de sermos inimigos de nós mesmos, mas isso fica para eles e não para nós. Mas e se eles quiserem ajudá-los. O mundo é livre! Não é não. Eles têm donos (assim como nós), e seus donos não os deixam ajudar.<br />
<br />
Ele quis ajudá-lo, no entanto não conseguiu. O outro, o “inimigo”, morreu. É triste, eu sei. O filho do dono do mundo ficou triste, muito triste, mas foi só.<br />
<br />
E é como os Donos do Mundo que querem que sejamos!<br />
<br />
Ana SoransoEX-PRESSÕEShttp://www.blogger.com/profile/07023197653746905506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-911918901820773739.post-86601558323231199882009-10-20T18:47:00.000-02:002009-10-20T18:47:58.955-02:00<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: center;"><span style="color: red;">Num momento em que generalidades e obviedades são ditas com ares de gravidade, de denúncia séria; em que os meios de comunicação das classes dominantes procuram reescrever \ sua própria história, assumindo ares progressistas e de atenção às mazelas que afligem as camadas mais pobres da população; num momento em que alguns aparentam preocupação com o estado de coisas, com a barbárie que o capitalismo e o imperialismo engendram no país e no mundo – e tudo isso – o fazem sem permitir que se reconheça suas causas evitáveis e como superá-las, é muito oportuno e estimulante o ensaio do camarada BB.</span><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg09oEZ4nIWAaotq4_uhdOlyDLMQCZWXxM30GPfXblhWGSRJEbBANMZnUztMj0pgqcIBG6mdQ5ej3-PxCjn4vTu7jR9KCFYMejvUO-RFH5k_hrtSqh28UkWGmQniZo72srXrRW4N0ShInhh/s1600-h/bechtredio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg09oEZ4nIWAaotq4_uhdOlyDLMQCZWXxM30GPfXblhWGSRJEbBANMZnUztMj0pgqcIBG6mdQ5ej3-PxCjn4vTu7jR9KCFYMejvUO-RFH5k_hrtSqh28UkWGmQniZo72srXrRW4N0ShInhh/s400/bechtredio.jpg" vr="true" /></a><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;"><span style="color: #274e13;">AS CINCO DIFICULDADES PARA ESCREVER A VERDADE</span><br />
</div><br />
<br />
<br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Bertolt Brecht*<br />
</div><br />
<br />
<br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Hoje, o escritor que deseje combater a mentira e a ignorância tem de lutar, pelo menos, contra cinco dificuldades. É-lhe necessária a coragem de dizer a verdade, numa altura em que por toda a parte se empenham em sufocá-la; a inteligência de a reconhecer, quando por toda a parte a ocultam; a arte de a tornar manejável como uma arma; o discernimento suficiente para escolher aqueles em cujas mãos ela se tornará eficaz; finalmente, precisa ter habilidade para a difundir entre eles. Estas dificuldades são grandes para os que escrevem sob o jugo do fascismo; aqueles que fugiram e/ou foram expulsos também sentem o peso delas; e até os que escrevem num regime de liberdades burguesas, não estão de todo livres da sua ação.<br />
</div><br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;"><span style="color: #274e13;">1- A CORAGEM DE DIZER A VERDADE</span><br />
</div><br />
<br />
<br />
É evidente que o escritor deve dizer a verdade, não a calar nem a abafar, e nada escrever contra ela. É sua obrigação evitar rebaixar-se diante dos poderosos, não enganar os fracos, naturalmente, assim como resistir à tentação do lucro que advém de enganar os fracos. Desagradar aos que tudo possuem equivale a renunciar seja ao que for. Renunciar ao salário do seu trabalho equivale por vezes a não poder trabalhar, e recusar ser célebre entre os poderosos é muitas vezes recusar qualquer espécie de celebridade. Para isso precisa-se de coragem. As épocas de extrema opressão costumam ser também aquelas em que os grandes e nobres temas estão na ordem do dia. Em tais épocas, quando o espírito de sacrifício é exaltado ruidosamente, precisa o escritor de muita coragem para tratar de temas tão mesquinhos e tão baixos como a alimentação dos trabalhadores e a sua moradia.<br />
<br />
<br />
<br />
Quando os camponeses são cobertos de honrarias e apontados como exemplo, é corajoso o escritor que fala da maquinaria agrícola e dos pastos baratos que aliviariam o tão exaltado trabalho dos campos. Quando todos os alto-falantes espalham aos quatro ventos que o ignorante vale mais do que o instruído, é preciso coragem para perguntar: vale mais, por quê? Quando se fala de raças nobres e de raças inferiores, é corajoso o que pergunta se a fome, a ignorância e a guerra não produzem odiosas deformidades... É igualmente necessária coragem para se dizer a verdade a nosso próprio respeito, sobre os vencidos que somos. Muitos perseguidos perdem a faculdade de reconhecer as suas culpas. A perseguição parece-lhes uma monstruosa injustiça. Os perseguidores são maus, dado que perseguem, e eles, os perseguidos, são perseguidos por causa da sua virtude. Mas essa virtude foi esmagada, vencida, reduzida à impotência. Bem fraca virtude ela era! Má, inconsistente e pouco segura virtude, pois não é admissível aceitar a fraqueza da virtude como se aceita a umidade da chuva. É necessária coragem para dizer que os bons não foram vencidos por causa da sua virtude, mas antes por causa da sua fraqueza. A verdade deve ser mostrada na sua luta com a mentira e nunca apresentada como algo de sublime, de ambíguo e de geral; este estilo de falar dela convém justamente à mentira. Quando se afirma que alguém disse a verdade é porque houve outros, vários, muitos ou um só, que disseram outra coisa, mentiras ou generalidades, mas aquele disse a verdade, falou em algo de prático, concreto, impossível de negar, disse a única coisa que era preciso dizer.<br />
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<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Não se carece de muita coragem para deplorar em termos gerais a corrupção do mundo e para falar num tom ameaçador, nos lugares onde a coisa ainda é permitida, da desforra do Espírito. Muitos simulam a bravura como se os canhões estivessem apontados sobre eles; a verdade é que apenas servem de mira a binóculos de teatro. Os seus gritos atiram algumas vagas e generalizadas reivindicações, à face dum mundo onde as pessoas inofensivas são estimadas. Reclamam em termos gerais uma justiça para a qual nada contribuem, apelam pela liberdade de receber a sua parte dum espólio que sempre têm partilhado com eles. Para esses, a verdade tem de soar bem. Se nela só há aridez, números e fatos, se para a encontrar forem precisos estudos e muito esforço, então essa verdade não é para eles, não possui a seus olhos nada de exaltante. Da verdade, só lhes interessa o comportamento exterior que permite clamar por ela. A sua grande desgraça é não possuírem a mínima noção dela.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEcbZpukEprHsceG5Rl6_XwZqD8U9gTTVgYJUfUpdQ6ubQuB_2uSX-sgrKjBZjWROCE-PoawNaQfrQoBZvlFvj8utFDbbOkHrTSJIFkIJU7roZnZEKB0abPb6oi7_cg1FZLsNvA8_qZi6N/s1600-h/brecht2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEcbZpukEprHsceG5Rl6_XwZqD8U9gTTVgYJUfUpdQ6ubQuB_2uSX-sgrKjBZjWROCE-PoawNaQfrQoBZvlFvj8utFDbbOkHrTSJIFkIJU7roZnZEKB0abPb6oi7_cg1FZLsNvA8_qZi6N/s400/brecht2.jpg" vr="true" /></a><br />
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<div style="text-align: center;"><span style="color: #274e13;">2- A INTELIGÊNCIA DE RECONHECER A VERDADE</span><br />
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Como é difícil dizer a verdade, já que por toda a parte a sufocam, dizê-la ou não parece à maioria uma simples questão de honestidade. Muitas pessoas pensam que quem diz a verdade só precisa de coragem. Esquecem a segunda dificuldade, a que consiste em descobri-la. Não se pode dizer que seja fácil encontrar a verdade.<br />
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Em primeiro lugar, já não é fácil descobrir qual verdade merece ser dita. Hoje, por exemplo, as grandes nações civilizadas vão soçobrando uma após a outra na pior das barbáries diante dos olhos pasmados do universo.<br />
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Acresça-se ainda o fato de todos sabermos que a guerra interna, dispondo dos meios mais horríveis, pode transformar-se dum momento para o outro numa guerra exterior que só deixará um montão de escombros no lugar onde outrora havia o nosso continente. Esta é uma verdade que não admite dúvidas, mas é claro que existem outras verdades. Por exemplo: não é falso que as cadeiras sirvam para a gente se sentar e que a chuva caia de cima para baixo. Muitos poetas escrevem verdades deste gênero. Assemelham-se a pintores que esboçassem naturezas mortas a bordo dum navio em risco de naufragar. A primeira dificuldade de que falamos não existe para eles e, contudo, têm a consciência tranqüila. "Desgalham" o quadro num desprezo soberano pelos poderosos, mas também sem se deixarem impressionar pelos gritos das vítimas. O absurdo do seu comportamento engendra neles um "profundo" pessimismo que se vende bem; os outros é que têm motivos para se sentirem pessimistas ao verem o modo como esses mestres se vendem. Já nem sequer é fácil reconhecer que as suas verdades dizem respeito ao destino das cadeiras e ao sentido da chuva: essas verdades soam normalmente de outra maneira, como se estivessem relacionadas com coisas essenciais, pois o trabalho do artista consiste justamente em dar um ar de importância aos temas de que trata.<br />
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Só olhando os quadros de muito perto é que podemos discernir a simplicidade do que dizem: "Uma cadeira é uma cadeira" e "Ninguém pode impedir a chuva de cair de cima para baixo". As pessoas não encontram ali a verdade que vale a pena ser dita.<br />
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<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Alguns se consagram verdadeiramente às tarefas mais urgentes, sem medo aos poderosos ou à pobreza e, no entanto, não conseguem encontrar a verdade. Faltam-lhe conhecimentos. As velhas superstições não os largam, assim como os preconceitos ilustres que o passado freqüentemente revestiu de uma forma bela. Acham o mundo complicado em demasia, não conhecem os dados nem distinguem as relações. A honestidade não basta; são precisos conhecimentos que se podem adquirir e métodos que se podem aprender. Todos os que escrevem sobre as complicações desta época e sobre as transformações que nela ocorrem necessitam conhecer a dialética materialista, a economia, a história. Estes conhecimentos podem adquirir-se nos livros e através da aprendizagem prática, por mínima que seja, e a vontade necessária. Muitas verdades podem ser encontradas com a ajuda de meios bastante mais simples, através de fragmentos de verdades ou dos dados que conduzem à sua descoberta. Quando se quer procurar, é conveniente ter-se um método, mas também se pode encontrar sem método e até sem procura. Contudo, através dos diversos modos como o acaso se exprime, não se pode esperar a representação da verdade que permite aos homens saber como devem agir. As pessoas que só se empenham em anotar os fatos insignificantes são incapazes de tornar manejáveis as coisas deste mundo. O objetivo da verdade é uno e indivisível. As pessoas que apenas são capazes de dizer generalidades sobre a verdade não estão à altura dessa obrigação.<br />
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Se alguém está pronto a dizer a verdade e é capaz de a reconhecer, ainda tem de vencer três dificuldades.<br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHQJK4z7OWS4UAvolnxf372tyK4QQLEvL9FTf9EOk12tHXveB_O7OCZ9t3VzAqbDXqlEQ-JJXfG8l8iuSDGFqixQ9TEiDuRxZWGQSQ89CG_FAY6ltXwUujAurqxNDM0lbvyIOo0gDaL-vV/s1600-h/brecht4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHQJK4z7OWS4UAvolnxf372tyK4QQLEvL9FTf9EOk12tHXveB_O7OCZ9t3VzAqbDXqlEQ-JJXfG8l8iuSDGFqixQ9TEiDuRxZWGQSQ89CG_FAY6ltXwUujAurqxNDM0lbvyIOo0gDaL-vV/s640/brecht4.jpg" vr="true" /></a><br />
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<div style="text-align: center;"><span style="color: #274e13;">3-A ARTE DE TORNAR A VERDADE MANEJÁVEL COMO UMA ARMA</span><br />
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O que torna imperiosa a necessidade de dizer a verdade são as conseqüências que isso implica no que diz respeito à conduta prática. Como exemplo de verdade inconseqüente ou de que se poderão tirar conseqüências falsas, tomemos o conceito largamente difundido, segundo o qual em certos países reina um estado de coisas nefasto, resultante da barbárie. Para esta concepção, o fascismo é uma vaga de barbárie que alagou certos países com a violência de um fenômeno natural.<br />
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<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Os que assim pensam, entendem o fascismo como um novo movimento, uma terceira força justaposta ao capitalismo e ao socialismo (e que os domina). Para quem partilha esta opinião, não só o movimento socialista, mas também o capitalismo teriam podido, se não fosse o fascismo, continuar a existir etc. Naturalmente que se trata de uma afirmação fascista, de uma capitulação perante o fascismo. O fascismo é uma fase histórica na qual o capitalismo entrou; por conseqüência, algo de novo e ao mesmo tempo velho. Nos países fascistas, a existência do capitalismo assume a forma fascista, e não é possível combater o fascismo senão enquanto capitalismo, senão enquanto a forma mais nua, cínica, opressora e mentirosa do capitalismo.<br />
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Como se poderá dizer a verdade sobre o fascismo que se recusa, se quem diz essa verdade se abstém de falar contra o capitalismo que engendra o fascismo? Qual será o alcance prático dessa verdade?<br />
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<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Aqueles que estão contra o fascismo sem estar contra o capitalismo, que choramingam sobre a barbárie causada pela barbárie, assemelham-se a pessoas que querem receber a sua fatia de assado de vitela, mas não querem que se mate a vitela. Querem comer vitela, mas não querem ver sangue. Para ficarem contentes, basta que o açougueiro lave as mãos antes de servir a carne. Não são contra relações de propriedade que produzem barbárie, mas são contra a barbárie.<br />
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<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">As recriminações contra as medidas bárbaras podem ter uma eficácia episódica, enquanto os auditores acreditarem que semelhantes medidas não são possíveis na sociedade onde vivem. Certos países gozam do raro privilégio de manter relações de propriedade capitalistas por processos aparentemente menos violentos. A democracia ainda lhes presta os serviços que, noutras partes do mundo, só podem ser prestados mediante o recurso à violência, quer dizer, aí a democracia chega para garantir a propriedade privada dos meios de produção. O monopólio das fábricas, das minas, dos latifúndios gera, em toda a parte, condições bárbaras; digamos que em alguns lugares a democracia torna essas condições menos visíveis. A barbárie torna-se visível logo que o monopólio já só pode encontrar proteção na violência nua.<br />
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<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Certas nações que conseguem preservar os monopólios bárbaros sem renunciar às garantias formais do direito, nem a comodidades como a arte, a filosofia, a literatura etc. acolhem carinhosamente os hóspedes cujos discursos procuram desculpar o seu país natal de ter renunciado a semelhantes confortos: tudo isso lhes será útil nas guerras vindouras. É licito dizer-se que reconheceram a verdade, aqueles que reclamam a torto e a direito uma luta sem quartel contra a Alemanha, apresentada como verdadeira Pátria do Mal da nossa época, Sucursal do Inferno, Caverna do Anticristo? Desses, não será exagerado pensar que não passam de impotentes e nefastos imbecis, já que a conclusão do seu blá-blá-blá aponta para a destruição desse país inteiro e de todos os seus habitantes (o gás asfixiante, quando mata, não escolhe os culpados).<br />
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<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">O homem frívolo, que não conhece a verdade, exprime-se através de generalidades, em termos nobres e imprecisos. Encanta-o perorar sobre "os" Alemães ou lançar-se em grandes tiradas sobre "o" Mal, mas a verdade é que nós, aqueles a quem o homem frívolo fala, ficamos embaraçados, sem saber o que fazer de semelhantes ditames. Afinal de contas, o nosso homem decidiu deixar de ser alemão? E lá por ele ser bom, o inferno vai desaparecer? São desta espécie as grandes frases sobre a barbárie. Para os seus autores, a barbárie vem da barbárie e desaparece graças à educação, moral, que vem da educação. Que miséria a destas generalidades, que não visam qualquer aplicação prática e, no fundo, não se dirigem a ninguém.<br />
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Não nos admiremos que se digam de esquerda, "mas" democratas, os que só conseguem elevar-se a tão fracas e improfícuas verdades. A "esquerda democrática" é outra destas generalidades-álibis, onde correm a acoitarem-se as pessoas inconseqüentes, isto é, os incapazes de viver até as últimas conseqüências as verdades que quer a esquerda, quer a democracia contêm. Reclamar-se, alguém, da "esquerda democrática" significa, em termos práticos, que pertence ao grupo dos ineptos para revolucionar ou conservar as coisas, ao clã dos generalistas da verdade.<br />
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Não é a mim, fugido da Alemanha com a roupa que tinha no corpo, que me vão apresentar o fascismo como uma espécie de força motriz natural impossível de dominar. A obscuridade dessas descrições esconde as verdadeiras forças que produzem as catástrofes. Um pouco de luz, e logo se vê que são homens a causa das catástrofes. Pois é, amigos: vivemos num tempo em que o homem é o destino do homem.<br />
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O fascismo não é uma calamidade natural, que se possa compreender a partir da "natureza" humana. Mas mesmo confrontados com catástrofes naturais, há um modo de descrevê-las digno do homem, um modo que apela para as suas qualidades combativas.<br />
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O cronista de grandes catástrofes como o fascismo e a guerra (que não são catástrofes naturais) deve elaborar uma verdade praticável, mostrar as calamidades que os que possuem os meios de produção infligem às massas imensas dos que trabalham e não os possuem.<br />
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<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Se se pretende dizer eficazmente a verdade sobre um mau estado de coisas, é preciso dizê-la de maneira que permita reconhecer as suas causas evitáveis. Uma vez reconhecidas as causas evitáveis, o mau estado de coisas pode ser combatido.<br />
</div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifYjMUpSJWE9BH1gHga-_FPSILJrJVy_RAxSHQR-2gMt-QBRuCW63s3eC43zM2B3O-88sLtUcFdteMSBfb4PIAoCJo790UXv1_jYzb8yV24plTVZmLwyWBwUlMHcPdLZC6vs_RKbEZ-e41/s1600-h/brecht3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifYjMUpSJWE9BH1gHga-_FPSILJrJVy_RAxSHQR-2gMt-QBRuCW63s3eC43zM2B3O-88sLtUcFdteMSBfb4PIAoCJo790UXv1_jYzb8yV24plTVZmLwyWBwUlMHcPdLZC6vs_RKbEZ-e41/s640/brecht3.jpg" vr="true" /></a><br />
</div><br />
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<div style="text-align: center;"><span style="color: #274e13;">4- DISCERNIMENTO SUFICIENTE PARA ESCOLHER OS QUE TORNARÃO A VERDADE EFICAZ</span><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: center;"><br />
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<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Tirando ao escritor a preocupação pelo destino dos seus textos, as tradições seculares do comércio da coisa escrita no mercado das opiniões deram-lhe a impressão de que a sua missão terminava logo que o intermediário, cliente ou editor, se encarregava de transmitir aos outros a obra acabada. O escritor pensava: falo e ouve-me quem me quiser ouvir. Na verdade, ele falava, e quem podia pagar ouvia-o. Nem todos ouviam as suas palavras, e os que as ouviam não estavam dispostos a ouvir tudo o que se lhes dizia. Tem-se falado muito desta questão, mas mesmo assim ainda não chega o que se tem dito: limitar-me-ei aqui a acentuar que "escrever a alguém" tornou-se pura e simplesmente "escrever". Ora não se pode escrever a verdade e basta: é absolutamente necessário escrevê-la a "alguém" que possa tirar partido dela. O conhecimento da verdade é um processo comum aos que lêem e aos que escrevem. Para dizer boas coisas, é preciso ouvir bem e ouvir boas coisas. A verdade deve ser pesada por quem a diz e por quem a ouve. E para nós que escrevemos, é essencial saber a quem a dizemos e quem no-la diz.<br />
</div><br />
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Devemos dizer a verdade sobre um mau estado de coisas àqueles que o consideram o pior estado de coisas, e é desses que devemos aprender a verdade. Devemos não só dirigir-nos às pessoas que têm uma certa opinião, mas também aos que ainda a não têm e deviam tê-la, ditada pela sua própria situação. Os nossos auditores transformam-se continuamente! Até se pode falar com os próprios carrascos quando o prêmio dos enforcamentos deixa de ser pago pontualmente ou o perigo de estar com os assassinos se torna muito grande. Os camponeses da Baviera não costumam querer nada com revoluções, mas quando as guerras duram demais e os seus filhos, no regresso, não arranjam trabalho no campo, tem sido possível ganhá-los para a revolução.<br />
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<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Para quem escreve, é importante saber encontrar o tom da verdade. Um acento suave, lamentoso, de quem é incapaz de fazer mal a uma mosca, não serve. Quem, estando na miséria, ouve tais lamúrias, sente-se ainda mais miserável. Em nada o anima a cantilena dos que, não sendo seus inimigos, não são certamente seus companheiros de luta. A verdade é guerreira, não combate só a mentira, mas certos homens bem-determinados que a propagam.<br />
</div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTHiI5YA1kXiajanUzBQpd-MQXIX0tNWNw-pOes-RHu0fpTbpt5w32-3pOKQ6QaUoPxwubBktchXuX5QIVIQcRMG4eH9AqGEeXJXpMnqBoyKUkjqy2cMDe0_u_33nwpki5Gq7ieV_xUC2l/s1600-h/brechtoculos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTHiI5YA1kXiajanUzBQpd-MQXIX0tNWNw-pOes-RHu0fpTbpt5w32-3pOKQ6QaUoPxwubBktchXuX5QIVIQcRMG4eH9AqGEeXJXpMnqBoyKUkjqy2cMDe0_u_33nwpki5Gq7ieV_xUC2l/s640/brechtoculos.jpg" vr="true" /></a><br />
</div><br />
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<div style="text-align: center;"><span style="color: #274e13;">5- HABILIDADE PARA DIFUNDIR A VERDADE</span><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
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<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Muitos, orgulhosos de ter a coragem de dizer a verdade, contentes por a terem encontrado, porventura fatigados com o esforço necessário para lhe dar uma forma manejável, aguardam, impacientemente, que aqueles cujos interesses defendem a tomem em suas mãos e consideram desnecessário o uso de manhas e estratagemas para a difundir. Freqüentemente, é assim que perdem todo o fruto do seu trabalho. Em todos os tempos, foi necessário recorrer a "truques" para espalhar a verdade, quando os poderosos se empenhavam em abafá-la e ocultá-la. Confúcio falsificou um velho calendário histórico nacional, apenas lhe alterando algumas palavras. Quando o texto dizia: "o Senhor de Kun condenou à morte o filósofo Wan por ter dito frito e cozido", Confúcio substituía "condenou à morte" por "assassinou". Quando o texto dizia que o Imperado Fulano tinha sucumbido a um atentado, escrevia "foi executado". Com este processo, Confúcio abriu caminho a uma nova concepção da história.<br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
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<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Na nossa época, aquele que em vez de "povo", diz "população", e em lugar de “terra", fala de "latifúndio", evita já muitas mentiras, limpando as palavras da sua magia de pacotilha. A palavra "povo" exprime uma certa unidade e sugere interesses comuns; a "população" de um território tem interesses diferentes e opostos. Da mesma forma, aquele que fala em "terra" e evoca a visão pastoral e o perfume dos campos, favorece as mentiras dos poderosos, porque não fala do preço do trabalho e das sementes, nem no lucro que vai parar aos bolsos dos ricaços das cidades e não aos dos camponeses que se matam a tornar fértil o "paraíso". "Latifúndio" é a expressão justa: torna a trapalhice menos fácil. Nos lugares onde reina a opressão, deve-se escolher, em vez de "disciplina", a palavra "obediência", já que mesmo sem amos e chefes a disciplina é possível, e caracteriza-se, portanto, por algo de mais nobre que a obediência. Do mesmo modo, "dignidade humana" vale mais do que "honra": com a primeira expressão o indivíduo não desaparece tão facilmente do campo visual; por outro lado, conhece-se de ginjeira o gênero de canalha que costuma apresentar-se para defender a honra de um povo, e com que prodigalidade os gordos desonrados distribuem "honrarias" pelos famélicos que os engordam.<br />
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<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Ao substituir avaliações inexatas de acontecimentos nacionais por notações exatas, o método de Confúcio ainda hoje é aplicável. Lenin, por exemplo, ameaçado pela Polícia do Czar, quis descrever a exploração e a opressão da Ilha Sakalina pela burguesia russa. Substituiu "Rússia" por "Japão" e, "Sakalina", por "Coréia". Os métodos da burguesia japonesa faziam lembrar a todos os leitores os métodos da burguesia russa em Sakalina, mas a brochura não foi proibida, porque o Japão era inimigo da Rússia. Muitas coisas que não podem ser ditas na Alemanha a propósito da Alemanha, podem sê-lo a propósito da Áustria. Há muitas maneiras de enganar um Estado vigilante.<br />
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<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Voltaire combateu a fé da Igreja nos milagres, escrevendo um poema libertino sobre a Donzela d’Orleans, no qual são descritos os milagres que sem dúvida foram necessários para Joana d'Arc permanecer virgem no exército, na corte e no meio de todos os frades.<br />
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Pela elegância do seu estilo e a descrição de aventuras galantes inspiradas na vida relaxada das classes dirigentes, levou estas a sacrificar uma religião que lhes fornecia os meios de levar essa vida dissoluta. Mais e melhor deu assim às suas obras a possibilidade de atingir por vias ilegais aqueles a quem eram destinadas. Os poderosos que Voltaire contava entre os seus leitores favoreciam ou toleravam a difusão dos livros proibidos, e desse modo sacrificavam a polícia que protegia os seus prazeres. E o grande Lucrécio sublinha expressamente que, para propagar o ateísmo epicurista, confiava muito na beleza dos seus versos.<br />
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<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Não há dúvida de que um alto nível literário pode servir de salvo-conduto à expressão de uma idéia. Contudo, muitas vezes desperta suspeitas. Então, pode ser indicado baixá-lo intencionalmente. É o que acontece, por exemplo, quando sob a forma desprezada do romance policial, se introduz à calada, em lugares discretos, a descrição dos males da sociedade. O grande Shakespeare baixou o seu nível por considerações bem mais fracas, quando tratou com uma voluntária ausência de vigor o discurso com que a mãe de Coriolano tentou travar o filho, que marchava sobre Roma: Shakespeare pretendia que Coriolano desistisse do seu projeto, não por causa de razões sólidas ou de uma emoção profunda, mas por uma certa fraqueza de caráter que o entregava aos seus velhos hábitos. Encontramos igualmente em Shakespeare um modelo de manhas na difusão da verdade: o discurso de Marco Antônio perante o corpo de César, quando repete com insistência que Brutus, assassino de César, é um homem honrado, descrevendo ao mesmo tempo o seu ato, e a descrição do ato provoca mais impressão que a do próprio autor.<br />
</div><br />
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<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Jonathan Swift propôs numa das suas obras o seguinte meio de garantir o bem-estar da Irlanda: meter em salmoura os filhos dos pobres e vendê-los como carniça no talho. Através de minuciosos cálculos, provava que se podem fazer grandes economias quando não se recua diante de nada. Swift armava-se voluntariamente em imbecil, defendendo uma maneira de pensar abominável e cuja ignomínia saltava aos olhos de todos. O leitor podia-se mostrar mais inteligente, ou pelo menos mais humano que Swift, sobretudo aquele que ainda não tinha pensado nas conseqüências decorrentes de certas concepções.<br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
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<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">São consideradas baixas as atividades úteis aos que são mantidas no fundo da escala: a preocupação constante pela satisfação de necessidades; o desdém pelas honrarias com que procuram engodar os que defendem o país onde morrem de fome; a falta de confiança no chefe quando o chefe nos leva, a todos, à catástrofe; a falta de gosto pelo trabalho quando ele não alimenta o trabalhador; o protesto contra a obrigação de ter um comportamento de idiotas; a indiferença para com a família, quando de nada serve a gente interessar-se por ela. Os esfomeados são acusados de gulodice; os que não têm nada a defender, de covardia; os que duvidam dos seus opressores, de duvidar da sua própria força; os que querem receber a justa paga pelo seu trabalho, de preguiça, etc.<br />
</div><br />
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Numa época como a nossa, os governos que conduzem as massas humanas à miséria, têm de evitar que nessa miséria se pense no governo, e por isso estão sempre a falar em fatalidade. Quem procura as causas do mal, vai parar na prisão antes que a sua busca atinja o governo. Mas é sempre possível opormo-nos à conversa fiada sobre a fatalidade: pode-se mostrar, em todas as circunstâncias, que a fatalidade do homem é obra de outros homens. Até na descrição de uma paisagem se pode chegar a um resultado conforme à verdade, quando se incorporam à natureza as coisas criadas pelo homem.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNUsOiYyo-jGhd31tCQmrYC59lg36-CiE_fs_nkumjFSJByFh3x9S_8Xlp4DC0UCyMHLgvz7nJKAJZHhEJphPowf4avDarD4-Of_5mGnWUO0FI7fu2oNaiKclP9ltpsyW2po8ezM9rxOHA/s1600-h/brechtcharuto.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNUsOiYyo-jGhd31tCQmrYC59lg36-CiE_fs_nkumjFSJByFh3x9S_8Xlp4DC0UCyMHLgvz7nJKAJZHhEJphPowf4avDarD4-Of_5mGnWUO0FI7fu2oNaiKclP9ltpsyW2po8ezM9rxOHA/s640/brechtcharuto.jpg" vr="true" /></a><br />
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<div style="text-align: center;"><span style="color: #274e13;">RECAPITULAÇÃO</span><br />
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<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">A grande verdade da nossa época (só seu conhecimento em nada nos faz avançar, mas sem ela não se pode alcançar nenhuma outra verdade importante) é que o nosso continente se afunda na barbárie porque nele se mantêm pela violência determinadas relações de propriedade dos meios de produção. De que serve escrever frases corajosas mostrando que é bárbaro o estado de coisas em que nos afundamos (o que é verdade), se a razão de termos caído nesse estado não se descortina com clareza? É nossa obrigação dizer que, se se tortura, é para manter as relações de propriedade. Claro que ao dizermos isso perdemos muitos amigos; aqueles que são contra a tortura porque julgam ser possível manter sem ela as relações de propriedade (o que é falso).<br />
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<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Devemos dizer a verdade sobre as condições bárbaras que reinam no nosso país a fim de tornar possível a ação que as fará desaparecer, isto é, que transformará as relações sociais de propriedade.<br />
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Devemos dizê-la aos que mais sofrem com as relações de propriedade e estão mais interessados na sua transformação, ou seja: aos operários e aos que podemos levar a aliarem-se com eles, por não serem proprietários dos meios de produção, embora associados aos lucros e benefícios da exploração de quem produz. E, é claro, devemos proceder com astúcia.<br />
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<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Devemos resolver em conjunto, e ao mesmo tempo, estas cinco dificuldades, já que não podemos procurar a verdade sobre condições bárbaras sem pensar nos que sofrem essas condições e estão dispostos a utilizar esse conhecimento. Além disso, temos de pensar em apresentar-lhes a verdade sob uma forma suscetível de se transformar numa arma, nas suas mãos, e simultaneamente com a astúcia suficiente para que a operação não seja descoberta, e impedida, pelo inimigo.<br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
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<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">São estas as virtudes exigidas ao escritor empenhado em dizer a verdade.<br />
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<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">(*) Texto de 1934. Tradução de Ernesto Sampaio. (Com pitacos, poucos, de adaptação ao português que se fala por aqui)<br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
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<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Publicado no Diário de Lisboa de 25/abr./1982.<br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8gKNPyYMO2LmCy3rIAA6A0M9itqJUyAOek352ES3DQmIP0lrdDuJOsGqZ7daSFjYEfNETgww9j9zcB752TfZdmjbID5ulO-Gg4mTuEUxkgHz9rxVyTnCd5Oxq5GXAPJaoJXQ0mw3RxtwP/s1600-h/brecht+desenho.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8gKNPyYMO2LmCy3rIAA6A0M9itqJUyAOek352ES3DQmIP0lrdDuJOsGqZ7daSFjYEfNETgww9j9zcB752TfZdmjbID5ulO-Gg4mTuEUxkgHz9rxVyTnCd5Oxq5GXAPJaoJXQ0mw3RxtwP/s640/brecht+desenho.jpg" vr="true" /></a><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
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</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div>EX-PRESSÕEShttp://www.blogger.com/profile/07023197653746905506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-911918901820773739.post-50069146691214176322009-10-19T20:25:00.000-02:002009-10-19T20:35:47.245-02:00Parte II<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHkKzSVgOjW1ocaoMmqcJEuNCa5YjQ7fLQlCebymVzzSKcbl6stgjKClHmSzFpJOJ37Z_uiWjUxVKKPX_MxH3K-TR46CSylkIVOOt0gpriNyKFCKK3ZptUWki_pqJ91-Stz7R5GNBXMv_L/s1600-h/filho.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHkKzSVgOjW1ocaoMmqcJEuNCa5YjQ7fLQlCebymVzzSKcbl6stgjKClHmSzFpJOJ37Z_uiWjUxVKKPX_MxH3K-TR46CSylkIVOOt0gpriNyKFCKK3ZptUWki_pqJ91-Stz7R5GNBXMv_L/s400/filho.jpg" vr="true" /></a><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Sim! Foi f... Eu não quero comentar mais muita coisa, em respeito ao menino. Mas, vamos lá: Perderam. Temos que ver... (sim parece que vou me justificar quanto ao futebol e vou mesmo)... como o texto dizia... Tenhamos em vista a dificuldade do futebol Brasileiro. É claro, meu leito, refiro-me a maior parte do futebol que movimenta a maior parte das cidades desse Brasilzão e de todos os meninos como o Cristiano.<br />
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<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">O que pensar em horas come essa? Obvio! Num palavrão. Cristiano percebeu que era uma boa ocasião para o menino descobrir o universo lingüístico dos palavrões, logo, mesmo que quisesse o contrário estava difícil resistir à arbitrariedade dos signos, também evidentes no momento. “Isso meu filho. Estão falando da mãe do atacante, ou o juiz. Aquele filho da p... cego”. “Cego pai!?”.<br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
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<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK0C4w35JppHeBoBnJ9OBASaIpHx6rXNYqKnj5QpefGMpoUp0W16-YA5sVD27M4h5vSqlg9fkipnqAYOfJOqCkcLfGqjR5y8jFMnZPKEfAJjqg1Q6Zx_8FLHUey0Mm0glSOP8yINeknXuK/s1600-h/pai+e+filho1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK0C4w35JppHeBoBnJ9OBASaIpHx6rXNYqKnj5QpefGMpoUp0W16-YA5sVD27M4h5vSqlg9fkipnqAYOfJOqCkcLfGqjR5y8jFMnZPKEfAJjqg1Q6Zx_8FLHUey0Mm0glSOP8yINeknXuK/s320/pai+e+filho1.jpg" vr="true" /></a><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Bom! Vou te dar um tempo. Talvez seja uma boa hora para interromper a leitura... ir ao banheiro... tomar uma água... comer um pedaço de bolo. Aquele menino havia aprendido a xingar o arbitro e os pernas-de-pau que compunham o ataque do Tigrão, mas ainda não havia aprendido o substantivo comum, quase de tratamento, quase de amor que vem na palavra: pai. Sim é bem apelativo e dramático pensar que Cristiano ouviu da boca do filho essa soma de sentidos, que se traduziam num sorriso tão bobo, bem ali no meio da arquibancada. <br />
</div></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
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<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Você tem toda a liberdade de interromper aqui sua leitura e ignorar um sentido que entenderei que desconheça. Nas próximas linhas desse parágrafo vou procurar fingi-los nas formas de um texto: E é normal que pare, pois, quando o menino então disse a palavra cujo sentido me escapa, todos ali pararam. A torcida, o arbitro, os jogadores, o pai o filho, eu o leitor. Não disseram nada. Nem fizeram com a cabeça que sim nem que talvez. Olhavam todos fixamente para algum lugar, procurando algum sentido, algum apoio, para traduzir o momento único em que o filho se dirige ao pai, dando a ele – dentro de uma palavra – o sentido (qual sentido?) de ser pai.<br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
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<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Andavam nas noites do velho Bairro do Conjunto São José II. O menino já quase caindo de sono, depois da longa jornada futebolística. Entrou para tomar um banho enquanto Cristiano foi tirar o lixo. Lá fora, “Seu filho da p...”. Zumbi, jogador do tigrão e visinho do Cristiano estava apanhando da mulher, ali mesmo no meio da calçada. Cristiano deixou o lixo sem dedurar que ali estava. Entrou rápido e só deu pra ouvir “Cê fica insistindo nessa p..., não te pagam... um monte de conta pra pagar.”. <br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhj8IToSQbtS1eg5Jf6wBqWCUlbCz-iwkv-D5iOOdUqTwTbClLpzAvHMIhhSJo49gDlcUbsBCJfStoMWQjA89TLuP1wNNt3cIk1To4e5Ij8Qori-7Uha9r8NQMHC1Vy7gRgcS9hWG7OcVAu/s1600-h/briga+de+casal.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhj8IToSQbtS1eg5Jf6wBqWCUlbCz-iwkv-D5iOOdUqTwTbClLpzAvHMIhhSJo49gDlcUbsBCJfStoMWQjA89TLuP1wNNt3cIk1To4e5Ij8Qori-7Uha9r8NQMHC1Vy7gRgcS9hWG7OcVAu/s400/briga+de+casal.jpg" vr="true" /></a><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Cristiano fechou a porta. É! O futebol nem sempre é a alegria do povo. O menino se deitou e Cristiano sentou na beira da cama para lhe desejar boa noite. E, antes de dormir, decidiu lhe ensinar ainda outra lição: “Sabe filho, acho melhor não xingar os jogadores não...”.<br />
</div></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">“Ta bom pai!”.<br />
</div></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
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<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmntXh6Kui5HMqMP0BcvJkM6L0_f3ZwZoayRqmecwWcN8HQVe11m7oecoatKr-MUsoxCV2g6VueSLG61NqEEYE3HLn_lK0zfbZ4IDlcanj05KvvSfTk5Ok48QcSDXrRUDfNboFxRYkejl_/s1600-h/filho2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmntXh6Kui5HMqMP0BcvJkM6L0_f3ZwZoayRqmecwWcN8HQVe11m7oecoatKr-MUsoxCV2g6VueSLG61NqEEYE3HLn_lK0zfbZ4IDlcanj05KvvSfTk5Ok48QcSDXrRUDfNboFxRYkejl_/s400/filho2.jpg" vr="true" /></a><br />
</div><div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: left;">Robson Vilalba<br />
</div>EX-PRESSÕEShttp://www.blogger.com/profile/07023197653746905506noreply@blogger.com0